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IBGE

Apesar da retração no 2º tri, abate de frangos registrou o melhor mês de maio na série histórica

Pesquisa aponta que volume das exportações de carne de frango in natura no 2° trimestre de 2022 teve o mês de maio como recorde da série histórica (Secex/ME), propiciando um recorde trimestral, tanto em volume, como em faturamento.

27.01.2012. Foto: Marcos Peron/virtualphoto.net
27.01.2012. Foto: Marcos Peron/virtualphoto.net

De acordo com as Pesquisa Trimestral do Abate de Animais realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no 2º trimestre de 2022, foram abatidas 1,50 bilhão de cabeças de frangos, representando queda de 1,4% em relação ao mesmo período de 2021 e queda de 2,7% na comparação com o 1° trimestre de 2022. Apesar da retração da atividade, a pesquisa registrou o melhor mês de maio na série histórica desde o seu início, em 1997. O volume das exportações de carne de frango in natura no 2° trimestre de 2022 teve o mês de maio como recorde da série histórica (Secex/ME), propiciando um recorde trimestral, tanto em volume, como em faturamento. O aumento da demanda internacional pela proteína brasileira foi influenciado pela ocorrência da gripe aviária em fornecedores do hemisfério Norte e pelos efeitos da guerra da Ucrânia. Esse cenário de menor oferta de produto ao mercado interno, associado ao aumento da demanda por proteínas de valor mais acessível contribuiu para a elevação dos preços (Cepea/Esalq) na comparação anual, repassando parte do incremento dos custos de produção com rações e energia, ainda altos até junho. 

Evolução do abate de frangos por trimestre – Brasil – trimestres 2017-2022

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De acordo com o IBGE o peso acumulado das carcaças foi de 3,65 milhões de toneladas no 2º trimestre de 2022. Esse resultado representou aumentos de 1,2% em relação ao mesmo período de 2021 e de queda de 3,1% na comparação com o 1° trimestre de 2022.

Paraná lidera amplamente o abate de frangos

No ranking das UFs, Paraná ainda lidera amplamente o abate de frangos, com 34,6% da participação nacional, seguido por Rio Grande do Sul (13,1%) e Santa Catarina (13,0%). A Região Sul respondeu por 60,8% do abate nacional de frangos no 2º trimestre de 2022, seguida pelas Regiões Sudeste (19,1%), Centro-Oeste (14,1%), Nordeste (4,3%) e Norte (1,7%).

Ranking e variação anual do abate de frangos – Unidades da Federação – 2os trimestres de 2021 e 2022

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O abate de 21,02 milhões de cabeças de frangos a menos no 2º trimestre de 2022, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado pela queda no abate em 17 das 25 Unidades da Federação que participaram da Pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Santa Catarina (-5,69 milhões de cabeças), Mato Grosso (-4,28 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (- 3,97 milhões de cabeças), Goiás (-3,26 milhões de cabeças), São Paulo (-2,34 milhões de cabeças), Minas Gerais (-1,36 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-891,02 mil
cabeças) e Bahia (-890,29 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreu aumento em: Paraná (+6,90 milhões de cabeças). 

Ainda de acordo com o relatório, a categoria com participação mais relevante foi representada por 48  estabelecimentos que abateram entre 100 mil e 200 mil animais/dia (17,8% do total de estabelecimentos) e foram responsáveis por 34,1% do número total de aves abatidas no 2º trimestre de 2022. Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 2° trimestre de 2022, 269 informantes do abate de frangos. Destes, 136 (50,6%) possuíam o Serviço de Inspeção Sanitária Federal (SIF), 93 (34,6%) o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 40 (14,8%) o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo respectivamente, por 92,3%, 7,6% e 0,1% do peso acumulado das carcaças de frangos produzidas no País. Roraima e Amapá foram as únicas Unidades da Federação que não possuíam registro do abate de frangos sob algum tipo de inspeção sanitária.