O Grupo Marfrig é a primeira empresa de proteína animal no mundo a iniciar um processo de mapeamento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sua cadeia de suprimentos. A companhia convidou um grupo de fornecedores para responder ao questionário do CDP Supply Chain, programa do Carbon Disclosure Project, maior plataforma de reporte de dados climáticos.
Com esta iniciativa pioneira, a empresa pretende converter cada vez mais suas atividades industriais, comerciais e de serviços em uma economia de baixo carbono, previsto no Plano Estratégico de Mudanças Climáticas e Recursos Naturais da Empresa.
Esta é a primeira vez que a Marfrig ouvirá seus fornecedores usando a metodologia do CDP Supply Chain. A ação terá papel fundamental na estratégia do grupo, uma vez que aproximadamente 95% das emissões de gases de efeito estufa ao longo de sua cadeia produtiva são provenientes da rede de fornecimento e apenas 5% são das suas atividades diretas. “A intenção é chamar esses fornecedores à discussão e pensarmos, em conjunto, como desenvolver processos e produtos com pegada menor de carbono”, explica o diretor de sustentabilidade do Grupo Marfrig, Cléver Pirola Ávila.
Além disso, os dados serão úteis para aperfeiçoar a composição do inventário de carbono da companhia, com uma medição mais próxima possível da realidade. A Marfrig já finalizou seu segundo inventário de carbono, com previsão para ser publicado nos próximos meses. O primeiro, divulgado em 2011, mapeou as 152 unidades fabris do Grupo em 22 países. O documento revelou que a atividade no Brasil, por ser o maior parque fabril do Grupo, foi responsável pela emissão de 41% do total de gases de efeito estufa, enquanto os demais países com operações da Marfrig tiveram menor contribuição, como EUA (16%), Uruguai (10%), Reino Unido (9%), Argentina (5%).
“Com o CDP Supply Chain, os parceiros irão nos informar o quanto emitiram de GEE para o fornecimento específico à Marfrig ou irão desenvolver ações para chegar a estes dados”, explica o diretor de sustentabilidade.
Até final de julho deste ano, 53 fornecedores representativos da cadeia de fornecimento da empresa no Brasil, entre os quais produtores rurais, fornecedores de energia, de embalagem, de grãos e operadores logísticos, devem informar etapas completas ou parciais de sua operação.
Inicialmente, a ideia é enviar o questionário do CDP Supply Chain aos fornecedores todos os anos até 2014, período no qual a Marfrig poderá acompanhar a evolução destes parceiros na percepção que possuem em relação às mudanças climáticas e na proatividade em programar ações de controle e mitigação de impactos e riscos relacionados.
O resultado, portanto, ajudará no desenvolvimento de ações para melhorar as práticas sustentáveis da cadeia de fornecimento e para criar oportunidades de negócios, que podem nascer com a redução da pegada dos produtos. Isso porque, hoje, investidores mundiais podem decidir em qual empresa alocar seus recursos conforme o grau de impacto ambiental das suas operações.
O plano da Marfrig é ampliar este trabalho para as operações em outros países nos próximos anos. “Isso nos ajudará a dar continuidade à estratégia corporativa global de mudanças climáticas”, completa Ávila.
“A emissão de gases de efeito estufa impacta cada vez mais os negócios das grandes empresas e reportar esta informação tornou-se uma prática das maiores corporações globais. Como empresa que preza pela sustentabilidade de seu negócio e consciente de seu papel frente a seus fornecedores, a Marfrig pode estimular uma discussão mais ampla do tema na agroindústria”, diz Fernando Figueiredo, Diretor do CDP Brasil e América Latina.
O programa do CDP Supply Chain oferece um sistema global de reporte que possibilita às empresas implementar estratégias de sucesso para engajamento de fornecedores na redução de emissões de gases de efeito estufa na cadeia de valor e favorecer, assim, a gestão de riscos associados às mudanças climáticas. Para mais informações visite www.cdproject.net.