Na última terça-feira (04) a Associação dos Suinocultores do Triângulo e Alto Parnaíba (ASTAP) em parceria com o Sebrae Minas levou aos suinocultores da região informações sobre energias renováveis. “Os empreendimentos estão cada vez mais competitivos e em busca de redução dos custos como forma de aumentar a margem de lucro. Os custos com a energia têm forte impacto. Por isso, é importante estudar outras fontes de energia viáveis, renováveis e limpas. Além disso, o ambiente rural concorre com interrupções e ineficiências no fornecimento de energia elétrica que podem culminar com perda da produção, daí a necessidade de aprendermos sobre o assunto” explicou Valder Caixeta, presidente da ASTAP.
O evento ocorreu em Patos de Minas e contou com dez palestras que retrataram o atual momento do setor de energias e levantaram oportunidades aos suinocultores. “Diante deste cenário, os produtores rurais estão se perguntando: como posso gerar minha própria energia? Existe um variado cardápio de tecnologias baseadas no aproveitamento energético de fontes renováveis. Conhecê-las é o primeiro passo para planejar e definir o investimento” disse Fabiana Vilela, analista de agronegócio do Sebrae Minas. “A suinocultura em nossa região é muito pujante, é um segmento que flui a economia, a geração de emprego e renda além ser um setor muito preocupado com sustentabilidade. O Sebrae entende que é preciso estar junto com este setor e trabalhar para a geração de conhecimento e o desenvolvimento das empresas rurais” contou Rosânia Maria de Lima, analista de negócios do Sebrae microrregião de Patos de Minas.
O objetivo do evento foi informar aos produtores rurais quanto às possibilidades de produção de energia limpa e renovável como oportunidade de negócio. “Este é um assunto importante que precisa ser debatido e urgentemente aplicado nas granjas já que além de contribuir para a sustentabilidade da suinocultura pode ser responsável por gerar renda extra ao produtor. Em breve, SEBRAE, ASEMG e ASTAP estarão disponibilizando uma ação de diagnóstico sustentável para o produtor rural” comentou a gerente executiva da ASEMG, Sabrina Cardoso de Moura.
Segundo André Holzhacker Alves, CEO da Auma Bio Energia, todo dejeto é matéria e energia e pode ser utilizado para a geração de novos negócios. “Temos que enxergar a manipulação dos dejetos como um processo produtivo, por exemplo se o produtor abate dez mil suínos e joga no meio ambiente vai virar lixo além de trazer um grande impacto ambiental, o dejeto também é matéria e energia é preciso percebê-lo como matéria prima, e então de forma técnica e com capacidade tecnológica transformá-lo alguma coisa com valor agregado. Muitas são as possibilidades dentro de uma granja, estamos falando de geração de energia, biofertilizante, produção de gás combustível, entre outras. É preciso entender cada propriedade e quais suas possibilidades” disse André.
Levar informação e possibilidades de novos negócios ao produtor é uma das premissas da nossa entidade, tenho certeza que novas possibilidades virão após o evento, comentou Fabe Rodrigues, gestora da ASTAP.