As quebras de safras observadas no primeiro semestre nos Estados Unidos, que provocaram aumento de insumos – como farelo de soja e milho – não foram tão prejudiciais para os negócios do Marfrig Group como para os concorrentes da companhia. “O grupo não está tão exposto ao milho como outros ‘players'”, avaliou David Palfenier, diretor presidente da Seara Foods Brasil, em entrevista à Agência Leia. Ele ressaltou, ainda, que na produção de carne bovina o impacto é muito baixo, já que o grão é usado somente nas rações utilizadas para alimentar animais confinados.
Em aves e suínos, comentou o executivo, a produção nos Estados Unidos e na Europa também são muito pouco afetadas. “Nas operações no Brasil, temos atuado na redução de gastos e no repasse dos preços no mercado interno e externo”, disse.
Outro ponto positivo para o Marfrig é que ainda há sinergias a serem captadas com a Seara Foods. “Isso pode equilibrar produtos industrializados (de maior valor agregado) e in-natura”, afirmou Palfenier. No segundo trimestre do ano, a participação de produtos industrializados foi de 59,3% na receita líquida da Seara Foods, contra 50,4% no mesmo período do ano passado.
Agroindústria
Aumento de insumos não é tão danoso para o Marfrig
As quebras de safras observadas no primeiro semestre nos Estados Unidos não foram tão prejudiciais para os negócios do Marfrig Group como para os concorrentes da companhia.