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Agroindústrias

Aurora investe 61,5 milhões para reabrir unidade e triplicar produção

Coopercentral inicia ampliação da indústria de Joaçaba.

Aurora investe 61,5 milhões para reabrir unidade e triplicar produção

Investimentos da ordem de 61,5 milhões de reais estão sendo realizados pela Coopercentral Aurora Alimentos para REABRIR a indústria de Joaçaba, no meio-oeste catarinense e triplicar a capacidade de abate e processamento de suínos destinados à exportação.

A unidade estava paralisada desde abril de 2009 no auge da crise financeira internacional. As obras iniciaram em fins de dezembro passado e têm prazo de conclusão para dezembro deste ano. “Retomaremos o abate no primeiro dia útil de 2014”, anunciou o presidente Mário Lanznaster. O dirigente antecipou que ficará concentrada em Joaçaba a maior parte da produção de carne suína destinada ao mercado externo.

Os investimentos em construção civil, máquinas e equipamentos permitirão triplicar a capacidade de abate de 1.000 para 3.000 suínos/dia.

Com a ampliação – que representa mais 15.000 metros quadrados de área construída e compreende os setores administrativos, industriais, de tratamento de efluentes e de apoio – o complexo ficará com área total de 25.000 metros quadrados.

Os setores administrativos estarão concentrados em um novo prédio de dois pavimentos e 5.000 metros quadrados de área para abrigar ambulatório, dois refeitórios, quatro vestiários, área de lazer, auditório, Serviço de Inspeção Federal (SIF),  departamento de recursos  humanos e segurança do trabalho.

Na planta industrial serão construídas sete câmaras de resfriamento de carcaças, sala de cortes com mezanino, túnel de congelamento contínuo, túnel estático de congelamento, além de alteração de layout interno de vários setores Será construída uma nova fábrica de farinhas e subprodutos e ampliada a casa de máquinas e de caldeiras. O sistema de tratamento de efluentes será aperfeiçoado com novo tanque de concreto de equalização, novo flotador e nova  casa de química.

Os trabalhos são supervisionados pela equipe de engenharia da Aurora, chefiada pelo engenheiro eletricista Christian Aluis Klauck.

Lanznaster antecipou que as atividades correm em três frentes. Para cumprir o cronograma físico, a empresa contratada Projetec Construções, de Concórdia, colocou 35 trabalhadores em campo, número que dobra para 70 no próximo mês e segue a plena carga até o fim do ano. Paralelamente, os fabricantes de máquinas já foram selecionados e as encomendas e aquisições definidas. Por outro lado, no campo, a ampliação da base produtiva já foi autorizada, com o alojamento de matrizes e a planificação da produção de suínos que serão fornecidos pelas cooperativas agropecuárias filiadas à Cooperativa Central Aurora Alimentos. 

A reabertura do frigorífico de Joaçaba gerará 800 empregos diretos e 2.400 empregos indiretos: quatro vezes o número de postos de trabalho que existia quando a unidade fechou, em 2002.  A mão de obra será recrutada na microrregião do meio-oeste.

A Prefeitura de Joaçaba e o Governo do Estado cooperarão com o empreendimento através de duas obras complementares: a perfuração de mais um poço profundo para captação de água e a construção de canalização em PAD (polímero de alta densidade) com 6 quilômetros de extensão para a destinação dos efluentes tratados. O prefeito Rafael Laske confirmou que convênio com esse objetivo já foi firmado entre o Município e o Estado.

ESTRUTURA

O frigorífico ocupa área de 20 hectares do Distrito Industrial de Joaçaba (à margem da rodovia BR-282) e ATUALMENTE constitui-se de planta industrial de 9.000 metros quadrados de área coberta, com capacidade para industrializar 200 suínos por hora ou 1.000 suínos/dia.

O complexo inclui portaria, administração, vestiários e refeitório, pocilgas, linha de abate, resfriamento, congelamento, estocagem e expedição. A linha industrial compreende os setores de choque, sangria, escaldagem, depilação e chamuscador.

O sistema de tratamento de efluentes compõe-se de sete lagoas de decantação, peneiras, decantadores e flotadores. Antes da paralisação, a água era captada em riacho e em poço profundo, armazenada em lago artificial para ser utilizada no processo industrial, após o que era novamente tratada e devolvida ao riacho.