O ano de 2010 foi um marco no que diz respeito ao controle climático em instalações avícolas. Discutimos ao longo dos meses vários assuntos relacionados ao tema, incluindo dimensionamento, manutenção de equipamentos, pad cooling e sistemas de resfriamento, aquecimento, entre outros.
Em todo o território nacional foram realizados encontros, palestras, seminários, simpósios que, direta ou indiretamente, discutiram a questão de como obter o melhor desempenho das aves alterando as condições ambientais do galpão. Muitos projetos foram desenvolvidos e realizados e o ritmo com que as novidades tecnológicas vão sendo utilizadas é impressionante.
O principal assunto abordado em minhas visitas a clientes e palestras é o benefício econômico que o controle climático nos proporciona em criações animais. Discutimos bastante sobre retorno financeiro, melhora na conversão alimentar, ganho de peso e consumo de água e energia.
Quando projetamos uma instalação para prover conforto térmico as aves, acabamos por influenciar positivamente o bem estar animal. O problema é que este não é o objetivo principal e na maioria das vezes está no final da fila na lista de prioridades de projeto, sendo contemplado apenas por uma questão de legislação.
Como médico veterinário e autor de alguns comentários avícolas nos meses que passaram, também sou parte do problema, uma vez que não comentei sobre o assunto nos últimos 11 meses.
Com a evolução de conceitos e disseminação de conhecimento tenho certeza que no futuro o bem estar animal estará no topo de nossa lista de prioridades. Devemos assumir nossas responsabilidades quando confinamos animais e nos aprofundar nos estudos de etologia. Devemos respeitar a vida.
Um ótimo Natal e excelente Ano Novo a todos.
Bruno da Silva Pimenta, médico veterinário Munters Brasil.
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