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Economia

"Avicultura é fundamental para a economia do grande oeste", diz Mário Lanznaster, presidente da Aurora

Mais de 550 milhões de reais são despejados por ano na economia regional pela base produtiva de aves da Coopercentral Aurora Alimentos, beneficiando municípios e milhares de famílias rurais no grande oeste de SC.

"Avicultura é fundamental para a economia do grande oeste", diz Mário Lanznaster, presidente da Aurora

A avicultura é a atividade econômica mais importante para a maioria dos  municípios do oeste de Santa Catarina. O movimento econômico gerado pela criação intensiva de aves produz um grande “valor adicionado” que forma a base de cálculo para fixar o índice de retorno do ICMS, a principal fonte de receita dos municípios.

O presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, recomenda que as Administrações municipais criem programas e políticas de estímulo à avicultura. O dirigente mostra que cada aviário padrão de 12.000 aves gera dois empregos diretos e um movimento econômico médio de 310 mil reais por ano. “Um aviário é social e economicamente mais importante que uma microempresa”, enfatiza.

Esse movimento impacta diretamente a formação do índice de rateio do ICMS porque a atividade rural tem um diferencial em relação às empresas em geral: as empresas urbanas informam o valor adicionado (receitas menos custos) e, as atividades rurais são integralmente declaradas, ou seja, o valor total das receitas é computado no cálculo.

A avicultura industrial influencia diretamente a economia da região.Em todo o Estado de Santa Catarina as atividades de agropecuária representam 15%, enquanto a indústria e o comércio, 85%.

Na microrregião da AMOSC, por exemplo, o índice representa 35,24% e, em alguns municípios isoladamente, como é o caso de Caxambu do Sul, esse indicador chega a 89,95%. Ou seja, quase 90% da economia local está baseada na agropecuária, sendo que desses 90%, uma parcela majoritária de 70% deriva diretamente da avicultura.

A base produtiva da Aurora demonstra a extensão dessa riqueza econômica: os 1.914 aviários instalados em 88 municípios do grande oeste alojaram 142 milhões de aves em 2011 e geraram R$ 56.861,955,66 em ganhos (renda) para os criadores de aves, além de R$ 493.271.641,40 em dispêndios com fornecedores de insumos (pintainhos, rações, transporte etc). Isso significa que somente a avicultura sustentada pela Coopercentral Aurora despejou R$ 550.133.597,06 na economia regional no ano passado.

Diante de todas essas informações, Lanznaster disse que as Administrações públicas municipais devem reconhecer o setor como um dos mais importantes para a economia regional e incentivar as discussões e ações que resultem em melhorias para o segmento. Nesse aspecto, ressaltou a importância da defesa técnica promovida pela Associação Catarinense de Avicultura (ACAV).

“Se a avicultura estiver fortalecida, todos ganham. Ganha o avicultor que passa a ter mais renda, ganham as agroindústrias e ganham também os municípios”, salienta o presidente da Aurora.

EFEITO SOCIAL

Mário Lanznaster também destaca os benéficos efeitos do sistema de produção avícola integrada, uma parceria que há 60 anos une criadores de frangos e agroindústrias em território catarinense: “Graças a ela fortaleceu-se a economia dos municípios e fixou-se a família rural no campo, amenizando o êxodo rural. A avicultura é a melhor alternativa econômica para o pequeno produtor rural, constituindo um modelo copiado por outros países”.

O presidente assevera que o sistema de integração levou bem-estar às famílias rurais e transferiu tecnologia aos criadores. Lembra que todas as regiões brasileiras desejam empresas avícolas com esse sistema de produção, em razão da capacidade de gerar empregos, viabilizar estabelecimentos rurais e distribuir riquezas ao longo da cadeia produtiva.