De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (05/10), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, os preços do milho continuam em alta na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
Na praça de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa segue renovando as máximas nominais. Em setembro, a média do Indicador, de R$ 60,06/sc, foi a maior, em termos nominais, de toda a série mensal do Cepea, iniciada em 2004.Já em termos reais, trata-se da maior média desde março/20, quando foi de R$ 62,7 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de agosto/2020).
Segundo pesquisadores do Cepea, esse aumento está atrelado à retração de vendedores, que estão atentos ao clima seco e quente e aos possíveis impactos desse cenário sobre a safra verão. Além disso, a forte desvalorização do Real frente ao dólar deixa o milho brasileiro mais competitivo no mercado externo, elevando a demanda internacional.
Assim, muitos vendedores adiantaram a comercialização do cereal, o que tem reduzido a disponibilidade doméstica, mesmo diante de uma produção recorde. Do lado comprador, muitos mostram maior interesse em novos negócios, reforçando as altas nos preços do milho.