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Balanço

<p>Sadia lucra mais e espera demanda aquecida no Natal.</p>

Da Redação 08/11/2005 – O aumento da demanda por aves para as festas de fim de ano deve ajudar a movimentar as vendas da Sadia no país neste quarto trimestre. A empresa tem 48% das vendas baseadas no mercado interno e no acumulado de janeiro a setembro registrou um aumento de 13,9% das vendas internas, atingindo R$ 3 bilhões. Em volume, o aumento foi de 11,3%, para 596,4 mil toneladas. Para o último trimestre, o grupo espera um crescimento real entre 10% e 12% sobre o mesmo período de 2004.

Gilberto Xandó Baptista, diretor comercial da empresa, diz que a expectativa deve-se principalmente ao reaquecimento da economia interna, observada a partir de outubro, e ao aumento sazonal do consumo de produtos industrializados por conta das festas de fim de ano. “A empresa acredita em um crescimento sustentado do consumo a partir deste trimestre”, afirma Baptista.

A ave Fiesta (frango especial, com coxas e peitos maiores) mais uma vez deve impulsionar o crescimento, com um aumento nas vendas de até 30%, seguindo o ritmo dos anos anteriores. Baptista observa que a gripe aviária, que já tem provocado a redução de consumo na Europa e na Ásia, ainda não produziu efeitos ao Brasil. “A doença pode trazer algum efeito no longo prazo, mas por enquanto é uma realidade ainda distante do brasileiro”, diz.

De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), parte do aumento da receita e do lucro da empresa deveu-se às vendas internas e externas de frango e seus derivados. No terceiro trimestre fiscal, a Sadia reportou um lucro líquido de R$ 177,8 milhões, 57,8% acima do registrado no mesmo período de 2004. No acumulado dos nove meses do ano, o lucro cresceu 35,9%, para R$ 423 milhões.

A receita bruta no ano totalizou R$ 6,1 bilhões, 15% mais do que em igual período de 2004. No terceiro trimestre, a receita atingiu R$ 2,1 bilhões, alta de 13,3% sobre o mesmo período de 2004. Desse valor, R$ 1 bilhão referem-se às vendas no mercado interno, que cresceram 10,8%, influenciados pela alta de 17,4% na receita com aves e pela incorporação da Só Frango, no início do ano.

No mercado externo, houve crescimento de 15,7% em receita, para para R$ 3,1 bilhões, e de 21,9% em volumes, para 757,7 mil toneladas. A empresa destacou o embarque recorde de 100 mil toneladas em setembro e de 273,4 mil toneladas no terceiro trimestre. O resultado, segundo a companhia, foi sustentado pelo aumento nos volumes e preços internacionais das carnes de frango e suína e à melhoria no mix de produtos, fatores que compensaram a desvalorização do dólar de 20,9% no período. Da receita total com exportações, 71% referem-se às vendas de aves e seus subprodutos, outros 16% foram provenientes das exportações de suínos, e 13% foram de produtos industrializados e outros itens.

A receita operacional líquida cresceu 16,8% nos nove meses do ano, para R$ 5,4 bilhões. A margem bruta evoluiu de 24,8% no último trimestre de 2004 para 27,6% no terceiro trimestre de 2004. A margem de Ebitda (lucro antes de juros, impostos) subiu de 7,7% no fim de 2004 para 13,8% no terceiro trimestre deste ano. A dívida líquida recuou 7,5% no terceiro trimestre sobre o trimestre anterior, para R$ 595,3 milhões.