Redação (26/01/07) – Com crescimento de 8,58% na receita operacional bruta que atingiu R$ 1 bilhão 904,4 milhões de reais em 2006 , a Cooperativa Central Oeste Catarinense (Aurora Alimentos) encerrou com resultados positivos um ano que ameaçava ser catastrófico para o setor agroindustrial brasileiro. As sobras do exercício foram de R$ 31,2 milhões de reais. Os resultados foram apresentados hoje pelo novo presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster e pelo vice-presidente Luiz Hilton Temp, ao lado do dirigente José Zeferino Pedrozo que encerrou ontem seu mandato na presidência e despediu-se do sistema cooperativista.
As vendas no mercado interno totalizaram R$ 1 bilhão 571,9 milhões, representaram 82,54% das receitas totais e cresceram 18,89% no período. A maior contribuição dessa receita foi das carnes suínas cujas vendas somaram R$ 1 bilhão e 12,4 milhões, com crescimento de 15,02%, seguindo-se as carnes de aves com R$ 371,4 milhões e crescimento de 32,02%.
As demais receitas foram obtidas com derivados lácteos R$ 99,4 milhões (crescimento de 76,73%), rações suínas R$ 35,3 milhões (+15,16%), carnes bovinas R$ 18,5 milhões (+4,77%), venda de reprodutores R$ 12,6 milhões (-35,73%), sucos e óleos essenciais R$ 4,2 milhões (+0,79%), rações de aves R$ 1,3 milhão (-82,14%), pintos, ovos e matrizes R$ 649 mil (+49,48%), massas R$ 3,9 milhões (+1,22%) e mercadorias e serviços R$ 11,8 milhões (-41,06%).
A importância relativa do mercado externo na composição da receita da Aurora mudou. Os dirigentes expuseram que a perda do mercado russo para as carnes catarinenses afetou imediatamente as exportações, causando perdas de divisas ao país e gerando um excesso de oferta no mercado interno. Por outro lado, a ocorrência de casos de influenza aviária na Ásia criou uma sinistrose mundial. Avaliações alarmistas geraram uma crise de desinformação sem precedentes e, em conseqüência, influenciaram a opinião pública a restringir o consumo de carnes de aves. Imprevisíveis e fora do controle empresarial, essas duas ocorrências simultâneas se conjugaram pela derrubar o volume físico das exportações. Além disso, a atual política cambial brasileira, centrada na excessiva valorização do real frente ao dólar, deprimiu o resultado financeiro das operações com o mercado externo.
Refletindo esse quadro perverso, as receitas da Coopercentral Aurora obtidas com exportações que, em 2005 representavam 24,62% das receitas totais, passaram a contribuir com 17,46% do faturamento em 2006, ficando em R$ 332,5 milhões. As vendas de carnes suínas representaram R$ 161,2 milhões com queda de 33,17% em relação ao ano anterior. As vendas de carnes de aves fecharam em R$ 162,6 milhões, com redução de 7,41%. Suco concentrado e óleos essenciais venderam R$ 8,5 milhões, com crescimento de 2,47%.
PRODUÇÃO Os abates totais de suínos cresceram 17,79% e situaram-se em 2 milhões 705 mil cabeças em 2006. A empresa mantém a condição de maior abatedora de suínos de Santa Catarina e uma das maiores do país. Esse volume de matéria-prima permitiu ampliar em 20,47% a produção in natura de carne suína (258,6 mil toneladas) e em 15,38% a industrialização (225,2 mil toneladas).
Os abates totais de aves evoluíram em 18,85% para 108 milhões 934 mil cabeças.A produção in natura de carnes de aves cresceu 27,1% (207,5 mil toneladas) e a industrialização permaneceu estável (23.124 toneladas).
O presidente Mário Lanznaster observou que, num período em que a cadeia do agronegócio brasileiro sofreu com a dureza das adversidades macroeconômicas, foi estimulante a conquista do Troféu Fritz Müller de Ecologia, na categoria controle de poluição com ênfase na água. Outra consagradora distinção foi a eleição da Coopercentral Aurora como a melhor empresa do país no setor de alimentos pelo ranking da revista Isto É Dinheiro, destacando-se entre 41,9 mil empresas que movimentam anualmente R$ 185 bilhões de reais.