Em resposta ao Ministério Público Federal, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) disse que a participação acionaria que tem no Frigorífico Independência não se confunde com a concessão de crédito.
Contudo, anunciou que não deve repassar nova parcela no valor de R$ 200 milhões à empresa, esperada para este ano.
Portanto, “não há que se falar na constituição de garantias [por parte do frigorífico]”, disse trecho do documento.
No ano passado, o BNDESPAR, subsidiária do BNDES, comprou R$ 250 milhões em ações preferenciais do Independência Participações S.A., com isso, o banco se tornou dono de 21,1% do controle acionário da empresa.
Pelo contrato, para este ano, seriam comprados mais R$ 200 milhões em ações, o que elevaria a participação para 33%, contudo, antes disso, o frigorífico entrou com um pedido de recuperação judicial e a negociação foi suspensa.
A sucessão de fatos levou o MPF a suspeitar de que pudesse estar havendo o crime de improbidade administrativa e crime de peculato, pois o BNDES é uma empresa pública e estaria concedendo empréstimos sem garantias suficientes.
Diante dos acontecimentos, o BNDES informou que não realizará a segunda compra de ações, conforme estava programado, limitando seu investimento ao aporte feito em novembro de 2008.