O vírus da Peste Suína Africana (PSA) chegou à Polônia nos últimos dias, a uma distância de apenas 50 km da Alemanha. De acordo com relatório do Rabobank, divulgado nesta segunda-feira (2), o país da Europa ocidental é atualmente o maior provedor de carne suína da China. Assim, a entrada da doença em seu território traria “impactos imensuráveis no setor global de carnes”.
Após um ano de 2018 com muitos desafios, o mercado de suínos brasileiro tem se recuperado de forma mais consistente diante de um cenário positivo de demandas externas e internas. A PSA acabou sendo o acontecimento de maior importância para esse cenário positivo para a proteína brasileira.
Neste ano, as exportações brasileiras de carne suína registraram um acréscimo de 12% em volume e 25% em faturamento (janeiro a outubro), guiados principalmente pela China, Hong Kong e Chile que juntos representam 60% do total embarcado no parcial deste ano.
A China que possuía cerca de metade do rebanho mundial de suínos, foi a principal afetada pela PSA O Rabobank espera uma queda na produção suína chinesa de 25 para 2019 mais 12 5 em 2020 e uma demanda por proteína animal ainda maior por conta dos abates de matrizes reprodutoras e que trarão impactos negativos na reposição do próximo ano Com isso, o mercado chinês elevou o volume importado do Brasil em 56 ou 184 mil toneladas quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
A PSA deve continuar se espalhando no próximo ano e a severidade do tema é devido a alta resistência do vírus, a rapidez com que pode se propagar e por não possuir nenhum tipo de vacina para atuar de forma preventiva Segundo a OIE (World Organisation for Animal Health), órgão responsável por receber as notificações de ocorrências da PSA, no relatório de outubro 2019 foram feitas 317 notificações e no último de novembro esse número aumentou para 2536 elevação de 800%.