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Brasil produziu 157,05 mil toneladas de carne de peru em 2021

Desse montante 69,83% atendeu o mercado interno e 30,17% foi destinado a exportação

Brasil produziu 157,05 mil toneladas de carne de peru em 2021

Fonte: ABPAA Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), lançou na última terça-feira (03/05) o Relatório Anual 2022. De acordo com a publicação, no ano passado, o Brasil produziu 157,05 mil toneladas de carne de peru. Valor é menor que o registrado em 2020 quando foram produzidas 159,72 mil toneladas da carne.

O consumo per capta também registrou redução na comparação com 2020 passando de 0,555 para 0,514 em 2021. Do total produzido 69,83% atendeu o mercado interno e os outros 30,17% foi destinado a exportação atendendo 69 países.

No total, em 2021, o Brasil exportou 47,377 mil toneladas da carne gerando uma receita de US$ 110,5 milhões (FOB). A região Sul foi responsável por 100% das exportações sendo o Rio Grande do Sul o maior estado exportador da proteína com 56,54% dos embarques. Na sequência temos Santa Catarina com 39,45% dos embarques e Paraná com 3,99%.

A África do Sul foi o país que mais comprou carne de peru brasileira, sendo responsável por 17,94% do total embarcado. O país registrou um aumento de 25,66% na compra da proteína brasileira. O segundo principal destino da carne foi a União Europeia que recebeu 17,39% dos embarques e aumentou em 5,67% suas compras em relação a 2022.

Outro grande destino da carne de peru brasileira foi o Chile, que aumentou em 124,89% a importação de carne brasileira em relação a 2020. Em 2021 o país da América do Sul foi responsável por receber 15,14% das exportações brasileiras.

O ano da resiliência

Para a Associação o ano de 2021 foi um período desafiador para o setor. Por isso o denominaram “o ano da resiliência”. Em seu relatório a ABPA conta que já abalados pela crise econômica mundial que se iniciou em 2020 com a chegada da pandemia, avicultores e suinocultores em todo o território nacional, assim com as agroindústrias, não mediram esforços para manter suas atividades em funcionamento.

O relatório afirma que em um quadro econômico delicado, os produtores não apenas tiveram que se ajustar ao novo cenário pandêmico, mas também se depararam com altas históricas dos insumos, afetando gravemente seus custos de produção e sua capacidade competitiva.

Os dados mostram que em média, desde 2015 até 2021, o preço da soja aumentou em mais de 140%. O milho, por sua vez, apresentou incremento ainda mais expressivo, ultrapassando 200%. Outro ponto que pesou para os produtores foram os aumentos dos custos de embalagens rígidas e flexíveis e dos combustíveis.

A publicação também afirma que, cercado às incertezas que afetam a produção nacional, o setor de exportação também foi posto à prova. Inicialmente, ainda durante o período crítico da pandemia, o ritmo do comércio global decaiu. Em seguida, com a posterior e gradual retomada dos negócios pós lockdowns, a reabertura das economias globais gerou um desequilíbrio sem precedentes entre oferta e demanda de contêineres no mundo. Navios de carga foram redirecionados para rotas mais demandadas – as quais não incluem o Brasil – e tal descompasso trouxe como consequência o aumento vertiginoso dos fretes marítimos, que mais que triplicaram ao longo deste período.

“Entretanto, mesmo com tamanha adversidade, nossos produtores, carregando a bandeira da segurança alimentar, perseveraram em seu nobre compromisso de alimentar o Brasil e o mundo”, destaca trecho da publicação.