O Ministério da Agricultura pretende atuar firme para reduzir as barreiras enfrentadas pelos produtos brasileiros no exterior, sejam sanitárias, fitossanitárias ou tarifárias. Uma força-tarefa foi criada na Pasta para dar celeridade aos milhares de processos que dependem de análise. Também estão estabelecidas as diretrizes do Planejamento Nacional de Defesa Agropecuária, programa que deverá ser lançado nos próximos meses.
Esses, entre outros assuntos, foram discutidos na quarta-feira, (4/3), em Brasília (DF), durante reunião entre os ministros da Agricultura, Kátia Abreu; das Relações Exteriores, Mauro Vieira; e da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro. Conforme Kátia Abreu, há 4 ou 5 anos o setor trabalha no planejamento para aprimorar e reorganizar todos os pontos da defesa agropecuária. “Vamos reduzir entraves burocráticos e avançar no nosso comércio exterior”, afirmou ela, por meio de comunicado.
A ministra disse que o País tem vantagens e citou o segmento de frutas. O Brasil é o único país do mundo que erradicou uma das principais pragas que atacam as macieiras (maçãs). A Argentina, grande exportador de maçãs, ainda não dispõe de atestado internacional de território livre desta praga. Por essa razão, o governo brasileiro poderá negociar a realização de inspeções no país vizinho, como determinam as regras de comércio exterior.
Países aceitam essas inspeções para atestar a qualidade dos produtos e manter seus mercados. De acordo com a secretária de Relações Institucionais do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo, os principais obstáculos estão no mercado de carnes e de grãos.
O ministério trabalha a fim de habilitar novos estabelecimentos para exportar carnes bovina, suína e aves e para aprovar novos transgênicos, em especial de milho e soja. Alguns dos mercados prioritários para o Brasil são: China, União Europeia, Estados Unidos, Rússia, Venezuela, Japão, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Índia e África do Sul.