O executivo Claudio Galeazzi foi confirmado ontem (14) como o novo CEO global da BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão. Ele substitui o atual presidente, José Antônio do Prado Fay.
Galeazzi é próximo do empresário Abilio Diniz, que foi eleito como presidente do conselho de administração da BRF em abril deste ano no lugar de Nildemar Secches.
A troca de comando representa uma mudança estrutural na BRF, com o objetivo de elevar o retorno para os acionistas. A chegada de Diniz foi apoiada pelos fundos Tarpon e Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) com essa missão.
Além do CEO global, a BRF vai ganhar um presidente para o Brasil e outro para o mercado internacional. Os executivos para esses cargos ainda não estão definidos. A empresa mantém um CEO na Argentina.
A estrutura administrativa vai contar ainda com cinco áreas globais, responsáveis por definir as diretrizes da empresa: marketing, finanças, recursos humanos, operações, planejamento, varejo e food service.
Segundo a Folha apurou, a BRF cortou 1% de quadro de funcionários, o que significa cerca de 1.100 vagas. A BRF tinha 115 mil funcionários. Os cortes são abrangentes e incluem desde diretores até a equipe de vendas.
Alguns centros de distribuição e plantas produtivas também podem ser realocados, para melhorar a logística da empresa, reduzir os estoques de produtos acabados e otimizar investimentos.
Em comunicado divulgado ao mercado, a BRF anunciou que a reestruturação pode significar um incremento no resultado operacional de R$ 1,9 bilhão por ano a partir de 2016. A companhia também informou que, para alcançar esses resultados, terão que ser investidos R$ 800 milhões nos próximos três anos.