O presidente do conselho da BRF, Abilio Diniz, voltou a afirmar que a estratégia de longo prazo da empresa é torná-la global. “Quando chegamos há três anos e meio, a BRF era a maior exportadora de frango do mundo, mas não queríamos apenas isso.” Durante o BRF Day, que acontece nesta segunda-feira (10/10), em São Paulo, o chairman disse ainda que a empresa, mesmo com o cenário adverso no Brasil, tem entregado resultados melhores do que há três anos, o que, segundo ele, dá mais confiança na estratégia da empresa.
Abilio ressaltou o trabalho de ajustar o footprint [estrutra de negócios] da companhia, que atualmente opera 19 plantas fora do Brasil. Neste aspecto, incluem-se esforços para controlar a distribuição dos produtos na região do Golfo e, agora no Egito, com a criação de uma subsidiária da BRF no país. “Hoje, para ser global, é preciso dominar cada vez mais o mercado local”, disse. “Estamos construindo uma BRF não apenas para esse período, mas estamos construindo uma BRF forte, que atravesse os ciclos mais difíceis, entregando resultados muito mais positivos.”
O CEO da empresa, Pedro Faria, destacou que um dos focos para o crescimento da empresa globalmente é a comida halal — preparada segundo os preceitos do Islã. Segundo ele, o mercado de comida halal é o que mais cresce no mundo, “inclusive, é o que mais cresce nos Estados Unidos”. “Transcende a questão geográfica, estamos enxergando oportunidades para crescer em outras regiões que não o Golfo, como na Malásia, por exemplo.”
Segundo o CEO da companhia, em torno de 20% a 25% da produção global da BRF é halal. Ele disse que não há grande aumento de custos na produção deste tipo de carne, porém é preciso ter plantas preparadas especificamente para a produção.