A BRF, maior exportadora mundial de carne de frango, deve manter estratégia de agressividade de preços no Brasil até o fim deste ano, mas para 2016 terá que promover reajustes diante da pressão de fatores que incluem a desvalorização do real ante o dólar, disseram executivos da companhia.
“Certamente, ano que vem vamos ter que fazer uma puxada de preços”, disse a presidente da BRF para Brasil, Flavia Faugeres, a jornalistas.
Por sua vez, o presidente-executivo da BRF, Pedro Faria, afirmou que a companhia continuará este ano com estratégia de preços mais agressiva.
“Isso porque estamos reintroduzindo marcas no Brasil”, disse ele sobre produtos da Perdigão que começaram a voltar a ser vendidos no Brasil após cumprimento de condições impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Faria afirmou ainda que a BRF tem como ambição ter 20,0% de sua produção instalada fora do Brasil nos próximos três anos. O executivo comentou que entre os focos de produção local da empresa estão na América Latina, em especial na Argentina; África Subsaariana, com destaque para Angola; e Sudeste Asiático.
Nesta última região, porém, Faria afirmou que uma joint-venture na Indonésia está em “banho maria” diante das disputas envolvendo o país e o Brasil.
Faria voltou a afirmar que a BRF segue com esforço de aquisições, incluindo no Brasil, onde o espaço para isso é “mais limitado, mas temos um pipeline de negócios”.
A BRF informou na noite de quinta-feira lucro líquido de R$877,00 milhões no terceiro trimestre, alta de 53,3% frente ao mesmo período de 2014.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 1,52 bilhão de reais, crescimento de 34,8% ano contra ano.