A BRF excluiu o aditivo ractopamina do processo produtivo de carne das unidades que exportam para a Rússia, disse o presidente da empresa, José Antonio Fay, durante evento com investidores ontem (05).
Segundo Fay, a medida atende a pedidos dos compradores russos, mas tem suas desvantagens, uma vez que sem o uso do aditivo o animal acumula uma quantidade maior de gordura e menor de carne, o que não atende a demanda dos consumidores.
Em dezembro do ano passado, o serviço veterinário e fitossanitário da Rússia decidiu suspender as importações de carne bovina e suína dos Estados Unidos por causa dos possíveis resíduos de ractopamina nas cargas.
A ractopamina é uma aditivo estimulante do crescimento, que é proibido em alguns países por preocupações de que eventuais resíduos possam provocar problemas de saúde, apesar de evidências científicas de que ele é seguro.
O executivo ainda observou que, em relação aos suínos, o Brasil ainda é muito dependente do mercado russo, mas que o setor vem conversando com o governo na tentativa de acessar mercados mais importantes como a Coreia ou o Japão.