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Agroindústria

BRF gera incerteza

Trabalhadores temem pelo emprego dos 1,3 mil funcionários de unidades da BRF. Nota da companhia sobre as vantagens da fusão deixa de fora os 500 integrados.

A placa de “vende-se” fixada por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em plantas gaúchas da Brasil Foods (BRF) preocupa entidades que representam trabalhadores da indústria de alimentação. Eles temem pelo futuro dos 1,3 mil funcionários das unidades de Bom Retiro do Sul, Santa Cruz do Sul e Três Passos, que, assim como outras sete fábricas no país, terão de ser alienadas até março de 2012. A medida faz parte das restrições impostas pelo Cade, no início deste mês, para aprovar a fusão Sadia-Perdigão, que originou a gigante brasileira do setor alimentício.

Nos próximos dias, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul (Ftiars) encaminhará ao órgão documento em que solicita ações para preservação de empregos. Os sindicatos do segmento dos municípios envolvidos também pretendem se reunir nesta semana para traçar estratégia para acompanhar as negociações.

Em nota, a BRF informou que a relação entre empresa e empregados se mantém inalterada até que a venda seja efetivada. O texto ainda explica que, pelo acordo firmado com o Cade, a companhia compradora será obrigada a manter o nível atual de empregos nas unidades por, pelo menos, seis meses. Também que, preferencialmente, as plantas deverão ser adquiridas por uma só empresa. No entanto, ao listar as vantagens da fusão, funcionários e os 500 integrados não são citados. “Esses seis meses são o aviso prévio”, aponta o presidente do Ftiars, Cairo Fernando. “Será que tem algum grupo com condições para comprar?”, questiona o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fumo e da Alimentação de Santa Cruz do Sul, Sérgio Pacheco.