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Agroindústrias

BRF: Vamos procurar vender mais marcas e continuar com commodities

Abilio Diniz, diz que dedicará esforços para ampliar a participação da companhia em marcas.

BRF: Vamos procurar vender mais marcas e continuar com commodities

O novo presidente do conselho de administração da processadora de alimentos BRF e sócio-fundador do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Abilio Diniz, diz que dedicará esforços para ampliar a participação da companhia em marcas.

“Vamos procurar vender mais marcas, mas continuaremos com as commodities”, afirma, durante coletiva de imprensa na sede da BRF, em São Paulo. Ontem, Diniz foi eleito como presidente do conselho de administração da companhia para o biênio 2013/2015, em assembleia geral que ocorreu na sede da BRF em Itajaí, Santa Catarina (SC). Na visão de analistas, a entrada de Diniz na presidência do conselho da BRF pode contribuir positivamente para os negócios da companhia, que vem investindo mais na área de processados, com marcas fortes. Para analistas do setor, a vasta experiência de Diniz no varejo alimentício poderá contribuir de maneira significativa para a BRF seguir na estratégia de negócios.
 “A entrada do Diniz será positiva porque ele traz uma bagagem grande no varejo de alimentos brasileiro, isso complementa bastante a estratégia da BRF”, afirma Henrique Koch, analista do BB Investimentos. “A BRF quer cada vez mais ser uma empresa de produtos processados de alto valor agregado com marcas fortes, e essa deve continuar sendo a estratégia. O Diniz pode ajudar nisso”, entende Koch. Mudanças concretas só poderão ser percebidas ao longo da gestão do novo conselho de administração. Para Adriano Moreno, estrategista da FuturaInvest, a expectativa do mercado é de que a empresa tenha uma melhora operacional, mesmo que Diniz não fique ligado às questões do dia a dia.
Para os analistas do Bank of America (BofA) Merrill Lynch, o conhecimento de Abilio Diniz do varejo brasileiro, bem como o bom relacionamento do empresário com o governo, pode ser positivo para a BRF, contudo, “mudanças radicais na companhia poderiam dificultar a estratégia de crescimento”, diz relatório, assinado por Fernando Ferreira e Isabella Simonato. Para o BofA, a BRF pode intensificar uma mudança para “uma companhia com uma marca forte de alimentos processados”, no lugar de “uma companhia de proteínas com marcas fortes”.
“Essa mudança parece ser mais fácil dita, do que realizada. Hoje, a BRF abate cerca de 7 milhões de aves por dia e precisa, constantemente, encontrar mercados para vender seus produtos, que não são totalmente absorvidos no mercado doméstico. Além disso, alguns mercados externos, como Japão ou China, não querem – ou não precisam – importar alimentos processados”, avaliam.