De acordo com o relatório de Commodities do banco BTG Pactual, os temores em relação ao cenário macroeconômico também impactaram as negociações do milho, enquanto o quadro fundamentalista do grão também se tornou menos construtivo para preços nas últimas semanas. Pela produção doméstica, o clima tem colaborado para a consolidação da safrinha, que segue com guidance de número acima de 85 milhões de toneladas, ainda que ~20% esteja sob influência do clima, ou seja, sofre do risco em relação às geadas.
No quadro dos EUA, a atualização dos números do USDA foi acompanhada de área dedicada ao milho acima do que era projetado no último relatório, mas ressaltamos que o clima segue instável, entregando apenas 64% das lavouras em condições boas ou excelentes, abaixo do ideal para padrões históricos. Por sua vez, seguimos monitorando de perto o conflito entre Rússia e Ucrânia, que pode retirar importante volume ofertado do mercado de grãos.
A publicação aponta que o milho futuro tem queda de 5,25% no mês de junho. O gráfico diário tem uma ampla lateralidade, com fundo em 80,50 e topo em 103,80, que pode ser usada para definir retrações de Fibonacci. A média móvel de 200 períodos está sem inclinação, reforçando o cenário de indecisão no curto prazo. A sustentação acima do suporte em 85,50 pode ser encarada como positiva para o grão, com próximas resistências em 92,90 (média móvel de 200 períodos) e 98,00 (retração de 76,4% de Fibonacci). A falha de rompimento da média móvel de 200 períodos tem suportes em 85,50 e no fundo anterior em 80,00.
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