A multinacional Bunge, uma das maiores companhias do agronegócio do planeta, está perto de ampliar sua participação no setor sucroalcooleiro do Brasil, com a aquisição de participação na holding do Grupo Moema, que tem sede e usina na cidade de Orindiúva, no interior de São Paulo, e participação acionária em outras cinco unidades produtoras e açúcar e álcool.
Fontes do setor apontam que a Bunge pagaria em torno de R$ 2 bilhões pelos ativos do Grupo Moema, ou um valor correspondente a algo entre US$ 100 e US$ 105 por tonelada de cana moída. O valor é superior aos US$ 65 por tonelada desembolsados pela Cosan na Usina Novamérica, negócio, no entanto, que envolveu troca de ações. O negócio, que se arrasta há mais de seis meses, deve ser ratificado até setembro.
Outros possíveis compradores, como a própria Cosan e a Açúcar Guarani, não teriam ido adiante nas negociações por estarem interessados apenas em uma participação minoritária. O empresário e presidente do conselho de administração do Grupo Moema, Maurílio Biagi Filho, negou que o negócio, intermediado pelo Itaú BBA, já tenha sido fechado. No entanto, Biagi não refutou as informações sobre o preço por tonelada de cana nem o valor total da companhia. “Mas o negócio ainda segue e eu não posso comentar nada sobre ele”, resumiu o empresário.