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Paraná

Cascavel lidera ranking nacional de produção de galináceos

Rebanho de frangos, galinhas e pintainhos cresceu mais de 17% em relação a 2020.<br /> 

Cascavel lidera ranking nacional de produção de galináceos

O maior rebanho de galináceos está no oeste do Paraná. Em Cascavel, o rebanho de frangos, galinhas e pintainhos – fonte da carne mais consumida no Brasil – cresceu em 17,8% em relação a 2020 e tornou a cidade líder do ranking nacional em 2021 pela primeira vez, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Produtores locais contribuíram para o crescimento, como Jonas Frisk. Ele construiu quatro aviários em Sede Alvorada, distrito de Cascavel, e começou a alojar frangos para uma cooperativa em dezembro do ano passado. Cada aviário tem capacidade para mais de 30 mil frangos.

“Mexemos sempre com lavoura, e aí tinha os vizinhos que mexiam com frango e [eu] auxiliava um pouco, sempre tive interesse com isso, mas demorou até amadurecer a ideia, porque é uma coisa que você não depende tanto do tempo como a lavoura, tem muito risco na lavoura com excesso de chuva, falta de chuva”, Frisk diz.
 
Em todo o país, o rebanho de galináceos atingiu a marca de mais de 1,5 bilhão de cabeças. São quase 430 milhões de aves só no Paraná, o maior produtor de frango do Brasil. Além de Cascavel, que tem mais de 20 milhões de cabeças, Cianorte também está no “top” 5 , com mais de 14 milhões.

O rebanho não corresponde à quantidade de aves abatidas em 2021, mas à capacidade de produção que o país tem. E ainda é possível ampliar esses números.

Em um frigorífico na região oeste do Paraná, são abatidos, por dia, 240 mil frangos. A cooperativa tem 680 aviários e a expectativa é aumentar o abate para 360 mil aves por dia em no máximo dois anos. Para isso, será preciso também aumentar o rebanho de frangos nas propriedades.

“Há necessidade de expansão de mais 300 aviários. Isso vai gerar oportunidade para os produtores rurais, renda para os produtores rurais, emprego na área urbana e geração de impostos”, diz Dilvo Grolli, diretor da Coopavel.

Um dos fatores que potencializa o aumento da produção de frango no Brasil é a exportação. Em um frigorífico de Cascavel, por exemplo, 60% de tudo que é produzido é mandado para fora, para países como África do Sul e México.
Segundo a cooperativa, o valor do quilo da carne de frango para exportação é mais atrativo que os grãos. Cada tonelada vendida ao mercado externo vale 2 mil dólares. Já a tonelada de milho, por exemplo, vale 280 dólares e a de soja, 580 dólares.
 Os dados do IBGE mostram que a região oeste do Paraná tem também o maior rebanho suíno do Brasil. A cidade de Toledo tem capacidade de criação de quase 870 mil porcos. No país, o rebanho suíno foi de 42,5 milhões de cabeças no ano passado.

Além disso, três cidades da região oeste estão entre as cinco que mais produziram peixes em 2021. No país todo, foram quase 570 milhões de toneladas. Desse total, Nova Aurora produziu mais de 20 milhões de toneladas e está no topo do ranking.

Em quarto lugar, está Palotina, com produção de 11 milhões de toneladas. E, em quinto, aparece Toledo, que produziu no ano passado quase 10 milhões de toneladas de peixe.