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Agroindústrias

Caso Cooperfrango

Justiça concede bens e imóveis da Cooperfrango aos ex-funcionários. Abatedouro e fábrica de ração serão preservados.

Caso Cooperfrango

A Justiça do Trabalho concedeu a guarda dos imóveis e maquinários da Cooperfrango, em Descalvado, aos ex-funcionários da empresa. A cooperativa, uma das maiores do Estado de São Paulo, teve a falência decretada no ano passado. A decisão judicial foi tomada nesta quinta-feira (15) para preservar os bens, que serão leiloados para o pagamento de dívidas trabalhistas. Confira o vídeo ao lado.

A decisão foi cumprida de forma pacífica e cinco ex-funcionários são agora os responsáveis pelo abatedouro e pela fábrica de ração, bens avaliados pela Justiça em R$ 54,5 milhões.

A cooperativa fechou as portas em fevereiro do ano passado devido a crise financeira internacional, que diminuiu as fontes de crédito. Os acertos trabalhistas com os mais de 1 mil ex-funcionários somam R$ 16 milhões.

O leilão para vender os bens e pagar a dívida foi realizado na segunda-feira (12), mas não houve nenhum lance. Em seguida, os advogados entraram com um pedido de liminar pra passar os bens aos ex-funcionários. A Justiça concedeu a liminar, que prevê pena diária de R$ 20 mil à empresa que ocupar os imóveis penhorados.

A decisão judicial garante a posse, mas isso não significa que os ex-funcionários administrarão a cooperativa ou vão herdar as dívidas. Agora, eles são responsáveis pela segurança de tudo o que está no local, preservando os bens para um futuro comprador. O próximo leilão está marcado para o dia 23 de junho.

Os ex-funcionários já contrataram uma empresa de segurança para cuidar do maquinário, que chegou a processar 100 mil toneladas de frango por ano, 15% da produção do estado. A posse aumentou o otimismo dos ex-funcionários de conseguirem os seus direitos.

A diretoria da cooperativa não comentou a decisão, mas informou que vai contestar na Justiça o valor dos bens penhorados. A empresa calcula a avaliação correta seja R$ 90 milhões.