Da Redação 29/01/2004 – 05h03 – Após o pedido de concordata que deu prazo de um ano para pagamento dos credores, com 25% de desconto, a Chapecó Alimentos reinicia agora a negociação com as instituições financeiras.
É que a concordata abrange apenas R$ 220 milhões do total de um a dívida de R$ 1 bilhão, que são os credores quirografários (sem garantias). Entre os quirografários estão alguns bancos, que têm garantias parciais das dívidas.
O diretor-presidente da Chapecó, Celso Schmitz, que viajou ontem para São Paulo onde retoma as negociações, disse que não adianta negociar só com os credores da concordata, mas, inicialmente, com os credores privilegiados.
A meta de Schmitz é consolidar o acordo de deságio que foi encaminhado ainda durante a negociação do grupo francês Dreyfus, antes da desistência. A negociação inicia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), maior credor com R$ 560 milhões. A direção do banco tinha aceitado um deságio de 96,8% do valor, que poderia ser estendido a outras propostas, além da Dreyfus.
Schmitz disse que vai tentar convencer os credores, principalmente a Aerus, Serprus e Nacional, que não tinham aderido ao acordo, para aceitarem o deságio.