Da Redação 25/05/2005 – O advogado que representa a Chapecó Alimentos, Daltro Borges, entrou com recurso na 3a. Vara Cível de Chapecó (SC) pedindo a reversão da falência da empresa, decretada no dia 29 de abril pela juíza Rosane Portella Wolff.
A justificativa da Chapecó é que a falência provocaria danos aos envolvidos nas operações, conforme apurou o Valor .
Procurado pela reportagem, Borges não retornou as ligações.
A intenção da Chapecó com a reversão da falência – e volta da concordata – seria obter mais tempo até a entrada em vigor da nova lei de falências, em 9 de junho próximo. A Chapecó estava em concordata desde o início de 2004 e conseguiu prorrogá-la para maio deste ano. Com isso, pretendia ser beneficiada pela nova lei, que cria a recuperação judicial e extra-judicial das empresas.
Na decisão, a juíza Rosane Wolff, afirma que levou em consideração – para decretar a falência – a impossibilidade de a Chapecó se recuperar diante do seu passivo de R$ 953 milhões. O BNDES, que tem 29,7% das ações da Chapecó é também seu maior credor. O grupo argentino Macri, detentor de 65% das ações, abriu mão do controle no fim de 2002.
A juíza também determinou que os arrendamentos das unidades da Chapecó serão mantidos apesar da falência. As fábricas foram arrendadas – com opção de compra – por Globoaves, Diplomata, Alibem e Aurora.