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Política Agrícola

CNA debate seguro rural e alongamento dos prazos para reembolso de financiamentos do crédito

Comissão de Política Agrícola da Confederação amplia as discussões sobre os temas, tendo em vista os prejuízos com as adversidades climáticas

Membros da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniram nesta quinta-feira (09/06), em Brasília, para tratar, entre outros assuntos, do seguro rural e do alongamento do prazo de reembolso dos financiamentos para regiões afetadas por problemas climáticos.  Com frequência, têm ocorrido variações climáticas adversas, em várias regiões do país: chuvas em excesso na região Sul e grandes períodos de estiagem, principalmente na região do Matopiba (iniciais dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e em Goiás.

Durante o encontro, o presidente da Comissão Nacional de Políticas Agrícolas da CNA, José Mário Schreiner, reforçou a necessidade de se ampliar o debate, visando as soluções para as questões de seguro e de financiamentos agrícolas. “Priorizar o crédito de custeio, ainda mais neste período de dificuldade econômica, é fundamental, pois o crédito tende a diminuir bastante. O Brasil precisa de um seguro rural eficiente para que a produção agrícola continue a crescer”, ressaltou. 

Schreiner frisou o delicado momento que o Brasil vive com as perdas significativas na safra e na safrinha de várias culturas, em decorrência de fatores climáticos adversos, o que aumenta o drama dos produtores que não se sentem seguros por falta de apoio financeiro eficiente “Nos preocupa muito a situação futura dos produtores rurais dessas regiões afetadas pelo clima hostil”.

Houve unanimidade no encontro sobre a necessidade de se buscar medidas complementares imediatamente para vários municípios, principalmente aqueles onde se declarou estado de emergência. “Levamos essa preocupação ao Ministério da Fazenda e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, disse o presidente da Comissão. E acrescentou ser preciso buscar uma política que possa sustentar-se minimamente, trazendo alento para as perdas dos produtores rurais. “A crise é um momento bastante oportuno para o aprofundamento dessas discussões”.

José Mário Schreiner finalizou dizendo “não acreditar que a atividade agropecuária brasileira, que vem garantindo o crescimento econômico do país, não consiga estruturar um modelo eficiente de seguro, com recursos necessários à manutenção do sistema produtivo”. 

Também foram debatidos na reunião a renegociação de dívidas, os encaminhamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, a Lei Plurianual Agrícola, a negociação coletiva do seguro rural para soja e o andamento de estudos e mudanças no Zoneamento Agrícola de Risco Climático.