Redação (26/05/2008)- Na noite de quinta-feira, 21, o Centro Comunitário Monsenhor Raymundo, em São João, contou com a presença de pelo menos 300 pessoas, que acompanharam a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a Cooperativa Agroindustrial (Coasul) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em que foram liberados mais R$ 7 milhões para que a cooperativa possa iniciar a construção de 11 aviários, dando o pontapé inicial no seu processo de fomento da agroindústria de beneficiamento de frango, que deve iniciar suas operações em 2010.
No total, serão construídos mais de 150 aviários para alimentar a agroindústria de frango. Além da oficialização da liberação dos recursos, foi assinada também uma carta de intenção de comercialização de derivados de carnes com o mercado asiático entre a Coasul e a EKM–Assessoria e Representação Comercial Ltda.
Investidos pela Coasul em São João, serão R$ 77 milhões na agroindústria de beneficiamento de frango, sendo que R$ 35 milhões já foram liberados para movimentação. Segundo informações da cooperativa, até o mês de outubro, mais R$ 35 milhões devem estar à disposição da Coasul, que vai atuar como um banco, fazendo as operações de acordo com suas necessidades. Os R$ 7 milhões oficializados na quinta-feira, já estão disponíveis para movimentação.
O superintendente do Sistema Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), José Roberto Ricken, diz que “o investimento feito vai ficar aqui em São João e com isso vem saúde, educação e bem estar social. A partir desse investimento, a Coasul vai movimentar e gerar muito desenvolvimento e benefícios para o município e para a região”, afirma Ricken.
Ele propôs ainda que se faça uma foto aérea da região hoje e outra após cinco anos para que se possa ter uma idéia da evolução que deve se instalar na região nesse período. “Já existem outros projetos como este, mas de cooperativa é o primeiro que temos registro e a Coasul está de parabéns por ter feito este investimento no momento correto”, completa José Roberto.
Na hora certa
Em seu pronunciamento, o presidente da Coasul, Paulino Capelin Fachin, disse que este é um desejo que a cooperativa alimenta há muitos anos e que agora chegou a oportunidade de transformar o sonho em realidade. “Há muitos anos estamos nos preocupando em dar este passo importante, sempre trabalhando com aumento na produtividade, um grande desafio que foi superado”, diz Paulino.
Segundo ele, o projeto prevê que os aviários devam durar pelo menos 40 anos “e devem suportar ventos de até 170 km/h. A grande diferença nisso tudo é que o produtor cooperado é o dono do aviário, da fábrica de rações e do frigorífico. Ele é o verdadeiro proprietário e vai ser muito fácil resolver qualquer tipo de problema porque o produtor está em casa. Estão todos de parabéns”, diz Paulino.
Desenvolver parcerias
Edson Matumoto, diretor–presidente da empresa EKM–Assessoria e Representação Comercial Ltda, que manifestou o interesse em comprar 70% da produção de cortes de aves processada pela cooperativa, disse estar bastante otimista quanto aos resultados dos investimentos que a Coasul vem fazendo em São João.
“Estamos há quatro anos no mercado e nosso método de trabalho é desenvolver as parcerias, principalmente com empresas que estão entrando no mercado, não somente com a comercialização, mas também com a parte técnica”, explica Edson. Ele afirma ainda que não tinha conhecimento do projeto da Coasul, mas que, através de contatos freqüentes com os engenheiros da empresa, firmou a perceria. “Este nosso primeiro contato agradou muito e o mercado no Brasil vem crescendo bastante. Hoje, a qualidade é um dos requisitos básicos para o mercado internacional, o que faz a diferença são os prazos de entrega”, completa Edson.