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Exportação

Como a BRF, oitava maior exportadora do País, começou a vender para fora

A Sadia foi pioneira, em 1974. Em 1975 foi a vez da Perdigão começar as vendas para o exterior

Como a BRF, oitava maior exportadora do País, começou a vender para fora

As duas marcas da BRF, Sadia e Perdigão, se fortaleceram nos primeiros anos vendendo carne suína e derivados para São Paulo, mas a estreia no mercado internacional foi longe do Brasil. Ambas começaram a exportar carne de frango para o Oriente Médio nos anos 1970. A Sadia foi pioneira, em 1974. Em 1975 foi a vez da Perdigão começar as vendas para aquele mercado. O produto catarinense agradou tanto que até hoje a Sadia é top of mind em vários países, onde atua com a própria marca, especialmente na Arábia Saudita.

Embora estratégico para alimentar o mundo, o mercado internacional de proteína animal é muito disputado e regulamentado. Na trajetória lá fora, uma das conquistas mais difíceis foi a abertura do mercado do Japão para a carne suína catarinense. Após cerca de 15 anos de cuidados especiais com a sanidade animal, incluindo o reconhecimento de SC como livre de aftosa sem vacinação, o mercado japonês foi aberto em julho de 2013. A BRF, com a marca Sadia, foi a primeira empresa a embarcar carne suína ao país asiático. Os cortes foram produzidos na unidade de Campos Novos e embarcados pelo Porto de Itajaí para pedido da Mitsubishi, um dos maiores players do setor de carne do Japão que já tinha uma relação comercial com a empresa desde os anos 90 com a importação de frango. 

Oitava maior exportadora do Brasil no ano passado, a BRF obteve 51% da receita líquida com exportações e cresceu 4,1% no exterior no período. Este ano enfrenta mais dificuldades. No segundo trimestre, as exportações da companhia, em volume, caíram 13,7% frente ao mesmo período do ano passado.

 As principais razões são o maior protecionismo de alguns países, embargos devido à Operação Carne Fraca e a greve do transporte. 

– Ao final de maio, a Comissão Europeia excluiu 12 plantas da companhia localizadas no Brasil da lista de estabelecimentos habilitados a exportar para o bloco europeu, inviabilizando as exportações a partir de nossa principal plataforma de produção. Não enxergamos razões técnicas para referendar tal decisão, uma vez que cumprimos rigorosamente com todas as regras e legislações sanitárias locais e internacionais. Já protocolamos nossa apelação junto à Corte de Justiça da Comissão Europeia e aguardamos o resultado desta solicitação – explica a BRF.