Redação (18/07/07) – Essa é a avaliação do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza. Segundo ele, o setor produtivo está "desestruturado" e, assim, terá de se sujeitar cada vez mais ao mercado. "Perdemos a Chapecó, que quebrou. Sobraram cinco. Com a fusão, ficam quatro, com Aurora, Seara e Pamplona. Daqui a pouco, serão três. As opções diminuem e cessam as alternativas."
Ele, no entanto, acha que é uma medida "inteligente" do ponto de vista das indústrias. "É uma atitude inteligente de indústrias que têm uma visão de mercado mundial, de que quanto maiores e mais fortes, melhor", afirma. Apesar disso, Souza diz que trabalha para que a entidade adquira peso nas decisões e possa exercer pressão. "Estou otimista, mas é preciso uma entidade forte. Senão, a empresa se tornará um monopólio e escravizará o produtor."
O presidente da ACCS afirma que, caso a proposta seja aceita, não haverá grandes mudanças a curto prazo. "A gente pode até se beneficiar, porque essa fusão vai expandir o mercado, melhorar a renda, diminuir os custos. Nesse caso, ela é oportuna." A Folha apurou que lideranças do setor agropecuário estão receosas de que o processo culmine em um modelo predatório para os produtores de aves e suínos.