No entanto, as soluções em ventilação para aviários ainda não são vistas de maneira integrada. Ainda que possamos identificar e avaliar todas as fases de ventilação necessárias para o correto desenvolvimento de uma ave, as consultas se baseiam em fases específicas, como aquecimento ou ventilação túnel.
Alguns novos projetos tem sido contemplados com uma tecnologia relativamente nova no Brasil: as entradas de ar que utilizam inlets (figura 1).
Em países que enfrentam temperaturas mais altas os inlets são utilizados para ventilação mínima e ventilação de transição. Em localidades extremamente frias a ventilação túnel é feita através deste equipamento.
Figura 1: modelo de inlet
No Brasil a utilização está focada na ventilação mínima, para controlarmos melhor a quantidade e a qualidade do ar que fornecemos aos pintinhos e combater a tradicional condensação nos períodos de aquecimento.
Como qualquer outro equipamento que participa do sistema de ventilação, é necessário conhecermos a vazão de ar de cada modelo para que seja feito o correto dimensionamento. Para este propósito, geralmente utilizamos 40% da ventilação túnel total, ou seja:
10 exaustores de 40.000 m3/hora no galpão.
Total: 400.000 m3/hora.
Vazão total nos inlets: 160.000 m3/hora.
Vazão de um inlet @ 20Pa: 2.000 m3/hora.
TOTAL DE INLETS: 80 unidades.
Alguns utilizam os inlets apenas na área do pinteiro durante o aquecimento. Para dimensionar o projeto é necessário apenas conhecer a taxa de ventilação por ave em determinada idade e a vazão do modelo de inlet.
Ainda que seja um recurso extremamente interessante em um projeto de ventilação, tem aplicação limitada a casos específicos. O inlet seria o diferencial em um galpão em que se maneja muito bem todas as fases da ventilação. Constantemente cometemos erros básicos no controle climático, principalmente durante o início do lote quando aquecemos o galpão. Talvez devamos primeiro fazer a lição de casa dos princípios básicos de ventilação.
Por Bruno da Silva Pimenta, médico veterinário.
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