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Espírito Santo

Cooperativa investe R$ 6,5 mi em 1º Condomínio Avícola de Ovos do País

Alojamento capixaba poderá abrigar até 2,2 milhões de frangas e será distribuído entre produtores pelo sistema de cotas

Foto: Reprodução Coopeavi

Com o objetivo de expandir a produção avícola, cooperativas estão apostando cada vez mais em diferentes estratégias que atinjam ao objetivo de ampliar os números do setor e, consequentemente, os lucros. Uma dessas estratégias é o condomínio avícola que têm atraído profissionais de diferentes áreas de atuação. Na manhã desta sexta-feira (22/07), o Estado do Espírito Santo, inaugurou o primeiro condomínio avícola para produção de ovos do Brasil, em Alto Caldeirão, município de Santa Teresa. Com investimento de R$ 6,5 milhões, o local poderá abrigar até 2,2 milhões de aves.

Vice-presidente da cooperativa Coopeavi, Denilson Potratz (Foto: Reprodução Coopeavi)O empreendimento pertence a maior cooperativa agropecuária capixaba, a Coopeavi, que projetou o condomínio a partir da necessidade de seus cooperados. O projeto começará com 100 mil aves e tem o objetivo de viabilizar a permanência dos pequenos avicultores, que hoje representa 70% dos produtores de aves no Espírito Santo. Vice-presidente da cooperativa, Denilson Potratz conta que a ideia veio de um produtor que estava tendo dificuldades. “O cooperado estava com problema de mão de obra e sucessão familiar, ele trouxe a ideia, que não era exatamente essa e começamos a elaborar algo que poderia ajudar ainda mais os produtores”, diz.

A cooperativa possuiu galpões convencionais, para aperfeiçoar a produção a nova estrutura foi produzida para ser automatizada. “Toda a estrutura é montada pela Coopeavi, onde cada galpão terá a capacidade para 100 mil aves”, explica o representante que contabiliza 11 mil cooperados, sendo 120 avicultores.  “Então, preferencialmente, essas cotas serão oferecidas para esses produtores de aves. Se eles não aderirem, na totalidade, vamos abrir para outros cooperados, também de outros segmentos”.

A cooperativa conta com fábrica de ração e recria, “às vezes, em determinado período do ano, fica ocioso. Isso também fez com que pensássemos em uma forma de movimentar mais isso através da automação – porque o cooperado sozinho não consegue montar uma estrutura dessa e a cooperativa ele consegue”, ressalta Potratz.

Parceria

A parceria contempla a venda das frangas da própria cooperativa ao associado que irá alojar a ave no condomínio, também o fornecimento da ração e os colaboradores da parte operacional. “Numa granja convencional, um funcionário consegue tomar conta de no máximo 10 mil aves. No condomínio, um funcionário vai tomar conta de 100 mil aves. O que barateia a mão de obra” aponta o representante da Coopeavi.

A cooperativa irá cobrar mensalmente de R$ 0,10 a R$ 0,12 por ave de custo de operação. “Vai ter uma conta corrente na cooperativa que o produtor vai usar para pagar a ração, sendo que o crédito da venda do ovo e o que sobrar vai para ele”, explica o vice-presidente.  

O modelo foi inspirado em outros segmentos, além do avícola, porém, segundo Potratz para a produção de ovos é o primeiro do Brasil. “Temos isso de frango, gado de leite, mas poedeiras não. É a primeira do país nesse segmento onde o investimento foi de R$ 6,5 milhões”, relata.

Condôminos

O galpão inaugurado nesta sexta-feira não será comercializado. “Esse primeiro galpão vai ser no sistema de condomínio, mas pertence à Coopeavi, para servir de exemplo. Porém, a partir do início de 2017 vamos ter o segundo galpão como modelo de condomínio para oferecer aos cooperados”, diz.  Por meio de participação com cotas, o investimento é uma inovação que gerará uma renda extra para os produtores rurais interessados na atividade. “Na primeira rodada, cada avicultor pode comprar uma cota. Se não vender o suficiente, abriremos para segunda, nesse caso o avicultor poderá ter mais uma cota de 5 mil, mas ele nunca vai poder passar de 50%. Vamos controlar para dar chance a todos”, explica o cooperativista. “Caso não complete as cotas com avicultores também pretendemos oferecer para aquele cooperado que não produz aves, mas tem um capital para investir e quer diversificar sua produção”.

Além de diminuir o custo de produção, que fora do condomínio está na faixa de R$ 0,15 a 0,18 por ave, no local o “condômino” produzirá um produto padronizado. “Mais para frente podemos até abrir uma cota para exportação”, revela Potratz levando em consideração que a vizinha cidade de Santa Maria que é considerada a segunda maior produtora de aves do Brasil, em relação a município.  

O condomínio irá produzir ovos brancos e vermelhos, num espaço que terá a capacidade de abrigar até 22 galpões com 2,2 milhões de aves. “No local seguiremos todas as normas técnicas e ambientais necessárias, inclusive com tratamento de dejetos. Além de uma produção homogênea, cada um vai ter pagar e receber proporcional. Vejo nesse investimento uma vantagem muito grande, porque o cooperado poderá dormir tranquilo sabendo que as aves estão lá sendo bem cuidadas, bem tratadas”, concluí.

Coopeavi

Com o mesmo objetivo desde a sua fundação, ou seja, viabilizar a produção de ovos, principalmente dos pequenos avicultores, a Coopeavi atua no Agronegócio Avicultura por meio da sua Unidade de Produção (Recria) – fornecendo frangas de alta qualidade, sanidade e padronização; de suas Lojas – fornecendo insumos de alta qualidade e competitividade; e por meio da Comercialização de Ovos.

Possui entreposto de ovos, certificado pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal), totalmente equipado para classificar e embalar os ovos, atendendo todas as exigências legais e sanitárias. Para agregar valor ao produto do cooperado a Coopeavi expandiu suas atividades para outros estados, principalmente através das unidades em Salvador (BA), Itabuna (BA) e Caratinga (MG). Conheça a Coopeavi  http://www.coopeavi.coop.br/