As cooperativas que trabalham com a produção integrada de frango diminuem o ritmo das atividades no oeste do Paraná. Por causa da redução, as aves ficam nos alojamentos mais tempo do que o normal em muitas propriedades da região.
Os criadores que trabalham no sistema de integração, com as cooperativas do oeste do Paraná, ainda passam por um momento de ajuste. Os avicultores que fornecem frango para a Coopavel, a cooperativa de Cascavel, está tendo que ficar com as aves mais tempo no alojamento.
Os frangos, com 43 dias, estão praticamente no ponto de abate. Normalmente, os animais são levados para o frigorífico com 46 dias. Mas o período de engorda passou de 50 para 52 dias. Para o produtor integrado, isso significa mais mão-de-obra e gasto com energia elétrica.
Os frangos ficam quase uma semana a mais nos galpões porque o frigorifico da cooperativa não está conseguindo no momento colocar no mercado toda a produção. No sistema de integração, fica para o produtor a despesa da energia, água e mão-de-obra. A cooperativa fornece os pintinhos e a ração.
A retenção dos frangos nas granjas é uma medida de emergência. No médio prazo, o objetivo é reduzir a produção. “A cooperativa está tomando suas providências baixando a produção em torno de 10%. Nós abatíamos 220 mil aves ao dia e agora estamos abatendo 200 mil aves ao dia. Com isso, estamos enfrentando parte da crise gerada pelo aumento no custo do frango”, diz Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.