Cooperativas ampliam investimentos no campo

O agronegócio é o grande motor da economia brasileira já há alguns anos. A comprovação mais simbólica disto tem sido os resultados da balança comercial, que ano a ano apresenta superávit graças às vendas externas de commodities agrícolas e de outros produtos relacionados ao agronegócio. A recessão econômica vivida pelo Brasil também bateu a porta do setor, recebendo a contribuição de ações desastrosas para a imagem das indústrias de carne, como a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. O cenário afetou os resultados de algumas das principais agroindústrias do país.

As cooperativas também sentiram os efeitos desse momento econômico, mas mantiveram uma postura mais proativa. Os investimentos foram mantidos, embora com um pouco mais de cautela. Isso pode ser sentido nos faturamentos fechados em 2018, alguns com crescimentos de até dois dígitos e em boa parte na casa dos bilhões. O foco dos investimentos foi o de ampliar as áreas de atuação, criando opções para o produtor diversificar as atividades presentes em sua propriedade. Também, em modernização das estruturas existentes, expansão de mercado, inovações tecnológicas e reposicionamento de seus produtos e marcas no mercado nacional e externo.

Esse processo tem alavancado a participação das cooperativas no setor de carnes, por exemplo. Com investimentos em automação, o número de itens cárneos processados, embutidos ou em cortes tem crescido, agregando valor às operações das cooperativas. As certificações de seus frigoríficos têm aberto importantes mercados internacionais, assim como o trabalho técnico e de fomento tem levado tecnologia e maior eficiência aos sistemas produtivos de aves, suínos, leite, ovos e outras proteínas.