A Copacol fechou o ano de 2011 com um faturamento de R$ 1,388 bilhão, o mais expressivo de sua história. A cooperativa cresceu 25% em comparação a 2010, impulsionada pelos bons preços das commodities agrícolas e pelos resultados dos investimentos que realizou em diversificação e agroindústria. O resultado líquido do ano foi de R$ 42 milhões, e as sobras do exercício à disposição dos cooperados foram de R$ 10,7 milhões, aumento de 102% ante o ano de 2010. Na avaliação do presidente da Copacol, Valter Pitol, os bons indicadores comprovam o direcionamento correto da cooperativa, pautado num planejamento de médio e longo prazo visando o fortalecimento e expansão das atividades de seus 4.700 cooperados. Pitol esteve na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, nesta quarta-feira (12/01) e foi recebido pelo presidente João Paulo Koslovski.
Nova indústria de soja – “Vamos inaugurar no próximo dia 26 de janeiro a Unidade Industrial de Soja, com capacidade para esmagar 1.800 toneladas de soja por dia, o que garantirá o fornecimento de toda a produção de óleo e farelo que as nossas fábricas de ração necessitam”, explica. A cooperativa investiu R$ 80 milhões na nova unidade, que vai gerar 60 empregos diretos. “Estamos finalizando um empreendimento estratégico para a expansão da Copacol”, enfatiza Pitol. Ao todo, a cooperativa gera 6.700 empregos diretos. Segundo o presidente, a Copacol já industrializa milho, trigo (por meio da central Cotriguaçu), e agora terá também processamento para a soja. “Praticamente estaremos industrializando toda a matéria-prima do associado, verticalizando a produção e transformando em carne, gerando maior valor agregado e condições para que os cooperados ampliem sua produção, pois a cooperativa garante a comercialização”, afirma.
Agroindústria e varejo – o processo de industrialização será acompanhado pelo desenvolvimento de novos produtos industriais para o varejo, relata Pitol. “Em 2011 produzimos 193 mil toneladas de carne – 40 mil toneladas foram de produtos industrializados. Vamos ampliar nosso portfolio destinado ao varejo, nos itens de frango e também no peixe. Estamos abatendo 35 mil cabeças de tilápia por dia, e vamos lançar novos produtos de peixe ao consumidor”. Segundo o dirigente, a pele das tilápias produzidas é exportada para a França e a cooperativa também atua com produtos do mar, em parceria com uma empresa de Santa Catarina.
Capacitação e conhecimento – Para o presidente Pitol, 2011 foi ano positivo não apenas pelos resultados econômicos, mas, sobretudo, pela melhoria da qualidade de vida do cooperado e dos colaboradores. “Foi um ano em que avançamos na integração do cooperado/família e cooperativa e também no processo de capacitação de nossos colaboradores. Crescemos em toda a nossa estrutura, mas acima de tudo na formação e conhecimento das pessoas”, comemora.
Projeção – Para 2012, Pitol projeto um crescimento nos mesmos patamares que o alcançado no ano passado. De acordo com o dirigente, a Copacol se notabiliza como uma cooperativa que cria alternativas de renda para seus cooperados. “Em especial na nossa região de atuação, formada em sua maioria por pequenos produtores, quem trabalha só com a produção de grãos tem dificuldades grandes de sustentação. Mas, se atuar com aves, suínos, peixes, leite, o produtor agrega outras atividades e consegue ter uma melhor qualidade de vida”, afirma. “A Copacol é extremamente diversificada e cria oportunidades de diversificação para os produtores. Em 2012, os cooperados terão condições de entrar em novas atividades e ampliar sua produção, seja na avicultura, suinocultura, pecuário de leite e piscicultura”, enfatiza. O complexo avícola da cooperativa abate 310 mil aves/dia, produção que será ampliada com o início da operação do abatedouro construído em parceria com a Coagru, num projeto de intercooperação que deu origem à Unita Cooperativa Central. “Estamos vivendo o problema da estiagem, que certamente causará frustração significativa na safra, mas, apesar disso, acredito que vamos superar os desafios e manter o crescimento da cooperativa. Esse ano será marcante para a Copacol, principalmente na intensificação do processo de industrialização”, afirma.
Ano Internacional – Na opinião de Valter Pitol, a decisão da ONU (Organização das Nações Unidas) de colocar o cooperativismo em evidência em 2012, por meio do Ano Internacional das Cooperativas, é um reconhecimento ao trabalho realizado pelo setor. “O cooperativismo é um sistema único no mundo, que beneficia pessoas em todo o mundo. Mais pessoas precisam conhecer os benefícios sociais que as cooperativas geram, seja na criação de empregos, na fixação do homem no campo, na distribuição de renda, geração de impostos e dinamização da economia. É preciso divulgar esse trabalho para a sociedade”, conclui o dirigente.