A receita consolidada das operações de aves, suínos e produtos processados e elaborados do frigorífico Marfrig atingiu R$ 3,46 bilhões no 2T11, 85,3% acima do R$ 1,87 bilhão registrado no segundo trimestre de 2010, explicado pelas incorporações de O’Kane e Keystone Foods e pelo crescimento orgânico da Seara e da Moy Park.
Na comparação anual, a receita das operações do Brasil cresceu 22,8% e as receitas das operações internacionais aumentaram 171,6%. O volume físico nas operações do Brasil cresceu 6,1%, enquanto nas operações internacionais, o crescimento foi de 323,8%, explicado pelas integrações de Keystone e O’ Kane Poultry e também pelo crescimento orgânico da Moy Park.
Nas operações do Brasil os preços médios aumentaram 15,7% como consequência do repasse do aumento dos custos de matéria-prima, enquanto os preços nas operações internacionais tiveram redução de 35,9%, em função do ingresso da Keystone no 4T10, cujo preço médio é inferior ao da Moy Park, além da valorização de 11,0% do Real frente ao Dólar no período.
A receita consolidada das operações de aves, suínos e produtos processados e elaborados cresceu 4,0% em comparação com o 1T11 (R$ 3,33 bilhões). No mesmo período, a receita das operações no Brasil cresceu 4,2% e nas operações internacionais 3,7%. O volume vendido apresentou queda de 3,8% nas operações no Brasil, e de 0,4% nas operações internacionais. O preço médio aumentou 8,3% nas operações do Brasil enquanto nas operações internacionais o crescimento foi de 4,1%, em função do trabalho realizado pela companhia de repasse de preços e do foco em mercados mais rentáveis.
A receita de produtos processados e elaborados representou aproximadamente 50,4% da receita de venda das operações do Brasil e internacionais consolidadas no 2T11, contra 35,5% no 2T10. Essa evolução é resultado da estratégia da Companhia de focar nos produtos com maior valor agregado além da integração da Keystone Foods e O’Kane Poultry.
A margem bruta foi de 11,9% no 2T11, comparada a 16,0% no 2T10 e 12,4% no 1T11. Na comparação com o 1T11 a margem bruta foi impactada pela valorização do Real frente ao Dólar norte americano bem como aos custos de produção (preços de grãos).
Em bases anuais, os preços médios de milho no Brasil (ESALQ) aumentaram 64,3% enquanto a soja (ESALQ) apresentou aumento de preço de 27% se comparados com o ano anterior. No mercado internacional, os preços de milho (CBOT) cresceram 106,3%, enquanto a o preço da soja (CBOT) aumentou 42,3%, e o trigo (LIFE – Londres) teve aumento de 70,0% também se comparados com o ano anterior.
O EBITDA no segmento totalizou R$ 138,0 milhões, ou 4,0% da receita no 2T11, comparado a R$ 141,7 milhões ou 7,6% da receita do 2T10 e R$ 180,0 milhões ou 5,4% da receita do 1T11.
Aves e Suínos – Brasil
Até o momento, a Companhia capturou R$ 113,5 milhões em sinergias nos últimos doze meses pela aquisição da Seara. O montante anualizado das sinergias do 2T11 (R$ 37,1 milhões x 4 = R$ 148,5 milhões) nos posiciona em direção à geração dos R$ 200 milhões em sinergias previstas para 2011. Abaixo segue a abertura das sinergias alcançadas até o 2T11:
A receita das operações no Brasil totalizou R$ 1,42 bilhão no 2T11, crescendo em 22,8% na comparação com o R$ 1,16 bilhão registrado no 2T10. O aumento foi impulsionado pelo avanço das operações no mercado interno brasileiro, pelo crescimento de 31,7% das exportações, seguindo a estratégia de focar as vendas nos mercados mais rentáveis e pelo aumento da participação dos produtos processados e elaborados, que atingiram 67,8% das vendas no mercado doméstico, contra 59,2% no 2T10.
Em comparação com o 1T11, o crescimento da receita foi de 4,2%, explicado pelo aumento de 3,6% das exportações, impulsionadas pela recuperação na demanda por aves nos mercados internacionais, além do crescimento de 5,6% nas vendas do mercado interno.
Suínos e Aves – Internacional
A receita das operações internacionais foi de R$ 1,71 bilhão e registrou um aumento de 171,6% em relação ao 2T10 e de 3,7% em comparação com o trimestre anterior. O volume comercializado foi de 351,9 mil toneladas e registrou crescimento de 323,8% em comparação com o 2T10 e com queda de 0,4% em relação ao trimestre anterior. Esta evolução na receita reflete a incorporação da O’Kane e da Keystone Foods e a maior recuperação de preços no Reino Unido.
Vendas de mercado interno cresceram 9,6% em comparação ao trimestre anterior para R$ 1,50 bilhão, justificado pelo crescimento de produtos industrializados e processados e registrando ainda evolução de 201,5% em relação ao 2T10.
Vendas de exportação registraram R$ 210,0 milhões e caíram 25,4% em relação ao trimestre anterior, refletindo a orientação dada para aumento de vendas nos mercados internos com consequente aumento de produtos industrializados e processados.
A participação dos produtos processados e elaborados na receita de vendas na operação internacional atingiu 80,6% no 2T11, contra 57,8% no 2T10 e 80,2% no 1T11. O crescimento em relação ao ano anterior reflete a integração das operações da Keystone.
Destaques estratégicos e prioridades
Em 2011, a Marfrig está focada em entregar resultados otimizando suas operações através de maior participação de produtos industrializados na receita, melhoria do ciclo de capital de giro e em capturar sinergias entre nossas unidades de negócios. Nossa presença global diversificada e as oportunidades nos mercados de distribuição contribuem para compensar a contínua pressão nos preços das commodities, a apreciação do Real e as instabilidades macroeconômicas e geopolíticas. Em linha com esses objetivos, alcançamos diversos avanços no 2T11 como segue:
*Expandir linhas com novos lançamentos de produtos com maior valor agregado buscando ganhos de “market share”;
*Captura de oportunidades globais através do aumento das vendas cruzadas
globalmente utilizando a plataforma de distribuição global estabelecida pela
diversificação geográfica do Grupo;
*Investir e estabelecer plataformas de crescimento para a sustentabilidade do
nosso negócio no longo prazo;
*Controle de nossas necessidades de capital de giro buscando geração livre de
recursos no fluxo de caixa;
*Gerenciamento do endividamento para melhora do perfil da dívida.