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Agroindústria

Crescimento da BRF

Receita líquida da Brasil Foods chega a R$ 6 bilhões no primeiro trimestre e o bom desempenho operacional gera margem EBITDA de 13,6%.

A BRF Brasil Foods fechou o primeiro trimestre de 2011 com lucro líquido de R$ 383 milhões, valor 527% superior ao mesmo trimestre do ano anterior, reflexo da performance operacional alcançada no período. O EBITDA chegou a R$ 816,4 milhões, com margem de 13,6%. Os principais fatores que contribuíram para o bom resultado operacional no trimestre foram:

• acerto na estratégia de aquisição de insumos frente a um ambiente de alta de commodities, suavizando os efeitos no decorrer do período;

• melhoria da  gestão de custos e despesas operacionais da companhia;

• continuidade da captura de sinergias  nas áreas autorizadas pelo CADE;

• melhoria de performance no mercado externo, divisão que mais contribuiu para o aumento dos 4,8 pontos percentuais da margem EBITDA.

A receita líquida foi de R$ 6 bilhões, 19,3% superior ante o primeiro trimestre de 2010. O lucro bruto atingiu R$ 1,5 bilhão, o que representa crescimento de 37,4%, com margem de 25,7%. Respaldadas pelo ambiente macroeconômico favorável, as vendas no mercado interno aumentaram 20,4% e somaram R$3,6 bilhões. Em volumes, o crescimento chegou a 13%.

A demanda mundial por proteínas contribuiu para a expressiva retomada de desempenho no mercado externo. A receita com exportações chegou a R$ 2,4 bilhões, cifra 17,7% superior quando comparada ao primeiro trimestre do ano passado mesmo com o real apreciando-se 7,5%, acumulando 549,9 mil toneladas.

Os investimentos da BRF entre janeiro e março deste  ano totalizaram R$ 278 milhões. Os recursos foram direcionados para projetos de melhoria, reposição e produtividade. As maiores parcelas destinaram-se a unidades de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Centro-Oeste, além da cadeia de logística e de suprimentos. O ritmo de aplicação dos recursos Capex segue aquém do planejado, enquanto a companhia aguarda o julgamento do Cade.

Mercado Interno

No primeiro trimestre de 2011, o mercado brasileiro favoreceu o aumento das vendas de produtos processados, que tiveram crescimento de 16,8%, e a melhoria de rentabilidade. A boa performance confirma o reconhecimento público da qualidade das marcas da companhia, fato que as capacita a manter suas margens apesar da forte progressão de custos, especialmente de grãos.

Os negócios de Food Service apresentaram também importante crescimento de receita, 28,4%, em relação ao mesmo trimestre de 2010, proporcionado pela evolução da demanda por processados e  o desempenho das chamadas Contas Globais (redes atendidas dentro e fora do país).

No segmento de carnes, o faturamento foi 27,5% superior, enquanto os volumes aumentaram 10,7%, em razão da melhoria do mix de produtos processados e do aumento da participação relativa de vendas in natura de aves e suínos, especialmente de cortes especiais.

Também na atividade de lácteos registrou-se crescimento de volumes, 8,7%, e de receitas, 16,2%. Apesar do melhor desempenho das vendas, os preços pagos ao produtor pela indústria continuaram pressionando os custos e, consequentemente, as margens.

Mercado Externo

O incremento substancial de custos e a valorização do real frente ao dólar não inibiram a retomada de desempenho da BRF no mercado internacional durante o primeiro trimestre. A par da demanda aquecida, a performance apoiou-se no avanço do projeto de fortalecimento de processos internos da companhia.

A recuperação gradual da economia mundial e a ascensão de potências emergentes têm estimulado o aumento do consumo de proteínas. Nos três primeiros meses do ano, ocorreram quebras de produção em alguns países, fato que reforçou ainda mais a procura pela carne brasileira. O cenário favoreceu à companhia a implementação de suas principais ações comerciais, garantindo rentabilidade comparável ao padrão histórico.

As exportações de carnes aumentaram 18,3% em receitas e 3,7% em volumes. No segmento de Food Service, as Contas Globais apresentaram crescimento de consumo em diversos mercados, como Oriente Médio e Japão.