De acordo com o Sindirações — Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal –, a expectativa é de que o setor encerre o ano de 2016 estável com uma produção de 66,8 milhões de toneladas de ração animal, volume praticamente semelhante ao de 2015. Entre janeiro e setembro de 2016, a produção registrou um leve aumento de 1%, período em que a demanda de rações para suínos obteve expansão de 3,4%, o maior crescimento dos segmentos.
Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, ressalta que a demanda de janeiro a setembro por rações alcançou pouco mais de 50 milhões de toneladas e, diante do ritmo ainda mais lento do último trimestre, a previsão é de que não haja avanço em 2016 em relação ao ano anterior. “A escalada do preço do milho, principalmente durante o primeiro semestre, combinada à subida do farelo de soja no segundo trimestre, desmotivou a engorda de bois e a alimentação preparada do rebanho leiteiro, enquanto os produtores de aves e suínos continuaram incrementando o alojamento e abate”, complementa Zani.
Variação nos preços
No segundo semestre, o alívio apurado no custo dos principais insumos da alimentação estimulou a retomada da pecuária leiteira, favorecida pelo preço do leite pago ao produtor, enquanto as cadeias produtivas de aves e suínos reduziram o ritmo da demanda por rações e o retrocesso da reposição inibiu ainda mais o consumo de concentrados nos confinamentos.
“Para 2017, a previsão preliminar é contabilizar pouco mais de 69 milhões de toneladas de rações, montante ainda dependente da recuperação da economia doméstica tanto do comércio internacional e da confiança do empreendedor, quanto do consumidor brasileiro”, ressalta Zani.