Redação (13/09/07) – De acordo com cálculo da Associação Brasileira das Indústrias de Milho (Abimilho), o Estado deve encerrar a safra com um déficit na oferta de milho de 300 mil toneladas.
"As exportações estão firmes e é a maior parte da produção é vendida para outros Estados via leilões do governo. As indústrias certamente enfrentarão problema de abastecimento", diz Cesar Borges de Sousa, presidente da Abimilho. Conforme a entidade, a demanda pelo grão no Estado gira em torno de 2,2 milhões de toneladas por ano-safra.
Ele cita como causas para o aumento da demanda no Estado os investimentos de frigoríficos para ampliar a produção de aves, como o caso da Perdigão, que mantém unidades em Mineiros e Jataí e da Pif Paf Alimentos, que investe em uma unidade em Palmeiras de Goiás. Sousa também observa que os leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) neste ano totalizaram 600 mil toneladas no Estado, o que ajudou a reduzir a oferta do grão. Toda a produção de milho de Goiás leiloada é repassada para as indústrias frigoríficas que atuam na região Nordeste.
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A produção em Goiás aumentou 25,9% na safra 2006/07 (verão e safrinha) em relação ao ciclo anterior, tendo totalizado 3,887 milhões de toneladas, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Maurício Miguel, gerente de agronomia da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), observa que a produtividade no Estado também foi comprometida por problemas climáticos. A previsão inicial era de uma safra superior a 4 milhões de toneladas. "Desde abril não chove em Goiás, o que trouxe perdas para a produção do milho safrinha", afirma Miguel. Como efeito, observou, os preços no Estado passaram a flutuar cima de R$ 20 por saca de 60 quilos. Ontem, o preço médio em Rio Verde foi de R$ 21.
