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Embrapa, Sadia e Aincadesc assinam contrato de parceria

O objetivo é determinar o consumo de água, o volume de dejetos e a emissão dos gases de efeito estufa em todas as fases da cadeia de produção de suínos.

Com o objetivo de determinar o consumo de água, o volume de dejetos e a emissão dos gases de efeito estufa em todas as fases da cadeia de produção de suínos, a Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC), a Sadia S/A e a Associação das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Aincadesc) assinaram um contrato de parceria técnica. De acordo com o pesquisador Paulo Armando de Oliveira, supervisor da Área de Negócios Tecnológicos da Embrapa e responsável pelo projeto, o trabalho de pesquisa que será desenvolvido contribuirá de maneira significativa na cadeia produtiva. “Os dados coletados servirão de apoio à Fundação de Meio Ambiente (Fatma) para alterar a norma de licenciamento ambiental da suinocultura no que diz respeito a produção de dejetos suínos”, comentou o pesquisador.

Atualmente, o licenciamento ambiental das atividades na suinocultura utiliza basicamente fatores de consumo de água por tipo de criação para determinar os volumes de geração de dejetos e a área mínima para aplicação dos biofertilizantes em solo. Porém, de acordo com o pesquisador, essas tabelas usadas pela Fatma, por meio da normativa IN-11, podem apresentar desvios da realidade. “A atividade suinícola passou por alto nível de tecnificação e adoção de recomendações de boas práticas de produção, com isso provavelmente houveram modificações nos consumos de água e geração de dejetos”, explicou ele.

A intenção do projeto de pesquisa assinado entre as três instituições é avaliar a campo, diretamente nas unidades de produção de suínos, o consumo de água e geração de dejetos por fase da cadeia produtiva associada ao nível tecnológico empregado nas propriedades. “Poderemos gerar novas informações técnicas que servirão de subsíduo para as entidades atualizarem as tabelas”. Inicialmente o trabalho será desenvolvido somente nas fases de crescimento e terminação de suínos, envolvendo 15 unidades de produção situadas no Oeste Catarinense.

Outro destaque do projeto, de acordo com Paulo Armando, é que ele contribuirá para o levantamento da emissão de gases de efeito estufa (GEE) produzidos pela suinocultura no Brasil, sendo um dos primeiros estudos conduzidos no Brasil para esta finalidade.