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Empresa calcula expansão

Perdigão projeta um crescimento de 170%, pelo menos, na produção de carne suína em Rio Verde/GO.

Redação SI 04/10/2004 – A Perdigão projeta um crescimento de 170%, pelo menos, na produção de carne em Rio Verde. O número de leitões abatidos diariamente deve passar dos atuais 3.600 para 10 mil a 15 mil cabeças em um ano, prazo em que a quantidade de matrizes se elevará de 35 mil para 45 mil a 50 mil. Em dois anos, a meta é chegar a 7 mil abates diários. Atualmente, 40% da produção vai para o mercado externo

Para a expansão traçada, a expectativa é de que a empresa e seus 124 parceiros responsáveis pela criação e engorda de suínos invistam um pouco mais de 200 milhões de reais, informa o diretor operacional, que estima superarem a casa dos 500 milhões os investimentos feitos até agora. A empresa tem 13 unidades no país, 6 no ramo de suínos e a unidade de Rio Verde, dedicada também à avicultura, é a que mais tem crescido.

São 57 produtores de leitões, donos de um total de 126 galpões para a manutenção das crias e das matrizes. Grupo maior, de 67 suinocultores dedicados à engorda e terminação mantêm, aproximadamente, 300 mil animais distribuídos por 314 barracões. Todo o sistema envolve 16 mil empregos indiretos e o número de funcionários da empresa é de cerca de 5.400 incluídos os setores de suínos e de aves.

A instalação do complexo industrial em Rio Verde e sua associação a dezenas de sitiantes hoje donos de granjas fez crescer acentuadamente o consumo de milho no município, que de exportar do grão passou a comprador, mesmo com aumento da produção. Só as granjas dos integrados à empresa em Rio Verde consomem 420 mil toneladas de milho por ano. Da produção suinícola, mais da metade toma o rumo da indústria para virar presunto, bacon, lingüiça, mortadela, salame. Como para esses produtos o País ainda não conquistou status de exportador, toda a linha de industrializados fica no mercado interno.

Tecnologia

A inseminação artificial é adotada para 100% do plantel, composto das linhagens Dalland e Agroceres Pic. Os suínos em fase de engorda e terminação recebem alimentação líquida por sistema computadorizado, e todos as granjas de produção de leitões adotam o programa de gestão de propriedade, com projeto ambiental, e de gestão financeira desenvolvido e orientado pela empresa.

Segundo o supervisor de suinocultura, César Pasqual, o produtor recebe o projeto das instalações e o financiamento para abate parcelado, as matrizes, assistência técnica, sêmen, ração, medicamentos, vacinas. A empresa tem todo o controle da cadeia produtiva, conseguindo rastrear da granja à industrialização.

Entre os criadores integrados há ex-funcionários, como Vilmar Roberti, que ainda paga o investimento feito, mas diz ter ganho superior ao salário. Faz manutenção das instalações e maneja os animais de acordo com a orientação recebida. Com o controle adequado, explica, a taxa de mortalidade é praticamente zero e poucos animais são separados por não alcançar o ritmo de crescimento esperado.

“Na parte de suínos de campo, a melhor tecnologia aplicada no país está na Perdigão Rio Verde, uma das campeãs de produtividade”, resume Costenaro. No ano passado, três suinocultores integrados do complexo de Rio Verde se classificaram entre os dez primeiros produtores mundiais de leitões, um deles com a conquista do segundo lugar.