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Exportação da Sadia cai 19,7% no 1o trimestre

<p>Gripe aviária e embargo russo derrubam a receita de exportações da Sadia.</p>

Redação (12/05/06) – A queda do consumo mundial de carne de frango, devido à gripe de aves, e o embargo russo à carne suína brasileira derrubaram a receita de exportações da Sadia S.A. em 19,7%, para R$ 728,3 milhões no primeiro trimestre do ano, o que resultou na queda de 7,5% da receita operacional bruta da empresa, para R$ 1,75 bilhão. A particpação das exportações nas vendas caiu de 48% para 42%. A Sadia obteve lucro líquido de R$ 67 milhões, 33% menor que o do primeiro trimestre de 2005.

“Apesar de a gripe de aves não ter atingido o Brasil, fomos punidos pela redução do consumo na Ásia e na Europa. Na Itália, a queda do consumo chegou a 50% durante algumas semanas”, explica o diretor de relações com investidores da Sadia, Luiz Murat. O volume de carne de frango embarcada caiu 2,5%, para 177,1 mil toneladas e, segundo Murat, os preços médios do frango inteiro chegaram a US$ 750 por tonelada, 46% menos que o valor recorde de US$ 1.400 po tonelada obtido em 2005. A desvalorização do dólar também contribuiu para a queda do preço médio em reais.

As exportações de carne suína recuaram 54,7%, para US$ 51,6 milhões, com a queda de 34,4% em volume, para 12,6 mil toneladas. “Perdemos participação nas exportações da carne suína brasileira de 20% para 10%”, conta Murat. No fim de 2005, a Rússia embargou a carne suína de oito estados, mas liberou as exportações da produção até 12 de dezembro. “Como não tínhamos estoques, não pudemos manter nossa participação”.

No mercado interno, a receita operacional bruta cresceu 2,8%, para R$ 1 bilhão, como resultado do aumento de 6,9% no volume vendido, para 210,8 mil toneladas e da queda de 4% no preço médio dos produtos. “Fizemos concessões de preços da carne de frango para desovar os estoques no mercado doméstico”, diz. A Sadia manteve os investimentos programados de R$ 216 milhões no trimestre.

Diante dos resultados do primeiro trimestre, a Sadia revisou sua estimativa de crescer 14% este ano em volume, para 7,5%. “Vamos sentir a recuperação dos preços na exportação a partir do segundo semestre”. A empresa está direcionando a produção de suínos destinada à exportação para o Rio Grande do Sul.