A exportação brasileira aos países árabes cresceu 8% de janeiro a novembro deste ano sobre o mesmo período de 2018 e gerou US$ 11,3 bilhões. As informações foram compiladas pela Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, com base em dados do Ministério da Economia.
Análise feita pela Câmara Árabe destaca que esse crescimento ocorreu na contramão do movimento registrado na exportação brasileira como um todo no período, que recuou 6,4%. Nos primeiros 11 meses deste ano, os países árabes juntos se mantiveram como terceiro principal destino das exportações brasileiras.
Os principais produtos que o Brasil vendeu para o mercado árabe foram a carne de frango, que respondeu por 19% do total exportado, seguido pelo açúcar, com 18%, pelo minério de ferro, com 15%, carne bovina, com 10%, e milho, com 9%. Como vem ocorrendo nos últimos anos, a pauta permaneceu atrelada a commodities agrícolas e minerais.
O Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara Árabe destaca, no entanto, o avanço da exportação de alguns outros produtos, como fios de cobre, cuja receita com as vendas cresceu 21 vezes e ficou em US$ 97,3 milhões, de ouro, que foram 358% superiores e somaram US$ 241 milhões, e de turborreatores, turbopropulsores e outras turbinas a gás, que avançaram 148% para US$ 211,3 milhões de janeiro a novembro.
Já a importação brasileira de produtos árabes recuou 7,7% nos 11 primeiros meses deste ano sobre o mesmo período do ano passado e ficou em US$ 6,4 bilhões. O Brasil compra do mundo árabe principalmente combustíveis minerais, fato que se repete ao longo dos anos. Também tem algum peso na pauta o fertilizante. Ainda são importados outros itens, mas em quantidades bem menores, como plásticos e suas obras e alumínio.
Com esse desempenho, o comércio entre Brasil e países árabes ficou em US$ 17,7 bilhões nos 11 primeiros meses do ano e cresceu 1,7% sobre igual período de 2018. O saldo comercial foi favorável ao Brasil em US$ 4,9 bilhões.