Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Exportações da Lar crescem 44,27%

<p>A Lar destinou 24% de sua produção de carne de frango de 2004 ao mercado externo e faturou com isso R$ 205,2 bilhões.</p>

Redação AI 19/01/2005 – Em 2004, a Cooperativa Agroindustrial Lar de Medianeira, região oeste do Paraná, teve um bom desempenho nas exportações, crescendo 44,27% em dólares sobre 2003, alcançando a cifra de US$ 73,6 milhões contra US$ 51 milhões. Os principais produtos exportados foram: carnes com R$ 155.393 milhões (67,41%), soja em grãos com R$ 36.390 milhões (15,79%), farelo com R$ 15,9 milhões (6,90%), óleo de soja com R$ 15.593 milhões (6,76%) e empacotados com R$ 5.381 milhões (2,33%). O total em exportações, em reais, foi de 230.528.149,00 contra R$ 181.630.764 obtidos no ano 2003.

Especificamente no mercado de frango, a Lar destinou 24% ao mercado interno e 76% ao mercado externo, totalizando R$ 205.277 milhões. Das exportações, 33,19% foram para a União Européia, 23,37% para a África, 43,2% para a Ásia e apenas 0,24% para as Américas.

Segundo Irineo da Costa Rodrigues, diretor presidente da Lar, as exportações só não foram maiores em volume pelo limite da capacidade de abate do frigorífico de 170 mil aves por dia e, em receita, pela desvalorização do dólar frente ao real.

A Cooperativa tem possibilidades de aumentar sua receita mesmo sem aumentar o abate, com a industrialização dos cortes cozidos e/ou grelhados em sua unidade industrial de carnes, anexa ao frigorífico.

No mercado interno, dos 67.391.256 quilos de carne produzida de 104.674.727 aves recebidas pela indústria, 20,85% foram comercializados em São Paulo, 17,24%  no Paraná, 15,01% em Minas Gerais, 12,85% em Santa Catarina, 9,19% no Rio Grande do Sul, 8,83 no Rio de Janeiro  e 16,03 nos demais Estados.

Faturamento

O faturamento da Lar em 2004 foi de R$ 868,6 milhões, 25,9% superior ao de 2003 mas 2,43% inferior ao projetado que foi de R$% 890,2 milhões, sendo que a projeção para 2005 brevê atingir R$ 1 bilhão. O resultado líquido (sobras), que havia sido estimados em R$ 35,6 milhões, alcançou R$ 25 que, após as destinações estatutárias, resulta em R$ 12 milhões, que serão distribuídos aos associados em duas modalidades: R$ 7 milhões na conta capital e R$ 5 milhões na conta corrente, conforme proposta da diretoria apresentada aos associados nas pré-assembléias e que será apresentada também na Assembléia Geral Ordinária prevista para o dia 27 às 14 horas no CTG Sentinela dos Pampas, em Medianeira.

Exportação de aves deve crescer 10% em 2005
Em nível de Brasil, a expectativa é positiva para este ano. Esperamos manter os números de 2004 ou aumentarmos em 10% as exportações”, avalia Cláudio Martins, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef). Avaliação semelhante tem o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Zoé Silveira d””””Avila. Segundo ele, o setor projeta um aumento de consumo de 5% e, para atendê-lo a avicultura deverá crescer em torno de 5% a 6%.

Apesar do otimismo, as empresas estão receosas quanto ao câmbio. “O dólar está desfavorável para as exportações”, avalia José Vicente Ferraz, analista da FNP Consultoria. De maio a dezembro/04 perdemos 15% de receita. Com o câmbio atual, é mais rentável vender para o mercado interno. Por isso, o desafio de 2005 é a rentabilidade e a conquista de novos mercados, como a Malásia e a Coréia, aconselha.

Em 2004, o Brasil exportou para 132 diferentes destinos, o que proporcionou crescimento da produção de carne de frango de 8%, chegando a 8,5 milhões de toneladas. As receitas com as exportações chegaram a US$ 2,5 bilhões.