No ano de 2016, o agronegócio no Estado de São Paulo registrou um superávit de US$ 13,40 bilhões, representando um aumento de 23,4% em relação ao resultado da Balança Comercial de 2015, quando houve um superávit de R$ US$ 10,86 bilhões, informou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do seu Instituto de Economia Agrícola (IEA).
No ano passado, as exportações do agronegócio paulista tiveram um crescimento de 12,8%, atingindo US$ 17,92 bilhões, enquanto as importações setoriais caíram 10%, somando US$ 4,52 bilhões. Em 2015, as exportações e importações setoriais chegaram a US$15,88 bilhões e US$5,02 bilhões, respectivamente.
Os grupos de produtos agropecuários que tiveram maior destaque, representando 80,7% das vendas externas do segmento, foram: o complexo sucroalcooleiro (US$ 7,78 bilhões, com as exportações de álcool representando 11,0% desse total); carnes (US$ 2,01 bilhões, em que a carne bovina respondeu por 79,4%); sucos (US$ 1,81 bilhão, dos quais 98,1% referentes a suco de laranja); produtos florestais (US$ 1,52 bilhão); e complexo soja (US$ 1,34 bilhão). Apesar da classificação de grupos se manter a mesma do ano anterior, eles passaram a ser 3,6% mais representativos no total do comércio externo do agronegócio paulista do que em 2015.
No cenário brasileiro, o agronegócio registrou um superávit de US$ 71,30 bilhões, com exportação de US$ 84,93 bilhões e importações de US$ 13,63 bilhões. O resultado foi 5,1% inferior ao do ano passado, quando o saldo da Balança Comercial foi de US$ 75,15 bilhões.
“O comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 100,31 bilhões e importações de US$ 123,92 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 23,61 bilhões”, afirmou o pesquisador da Secretaria, que atua no IEA, José Roberto Vicente.
Dentre os produtos do agronegócio brasileiro, os que tiveram maior representatividade foram: o complexo soja (US$ 25,42 bilhões); as carnes (US$ 14,21 bilhões); o complexo sucroalcooleiro (US$ 11,34 bilhões); os produtos florestais (US$ 10,24 bilhões); e o café (US$ 5,47 bilhões). Equivalendo a 78,5% das vendas externas do agronegócio nacional. Em 2015, esses mesmos grupos de produtos representavam 76,7% do total dos produtos exportados pelo setor.
O resultado da Balança Comercial do ano evidencia o papel fundamental da agricultura na economia, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim. “Os números acompanhados pelo IEA ao longo do ano de 2016 reafirmam que mesmo em época de crise econômica, a agricultura sustentou o País, produzindo alimento de qualidade para a população e para o mundo, com perspectivas muito positivas de crescimento e ampliação das relações comerciais. Sob orientação do governador Geraldo Alckmin, nossos institutos de pesquisa têm trabalhado para gerar informações e conhecimentos que auxiliem o desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou.