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Faturamento da Perdigão cresce mais de 80% no Segundo Trimestre

<p>Aquisições estão entre os fatores que garantiram o crescimento no período.</p>

Redação (28/07/2008)- A Perdigão fechou o segundo trimestre de 2008 com um faturamento bruto de R$ 3,3 bilhões, valor 81,2% superior ao obtido em igual período do ano anterior. O crescimento se deve ao aumento de vendas tanto em volumes quanto em receitas nos mercados interno e externo. A estes fatores, somam-se a consolidação dos resultados da aquisição da Eleva/ Cotochés, entre outras, além da parceria firmada com outros processadores de lácteos para a produção terceirizada.

As exportações apresentaram elevação de 45,4% em volumes de carnes e 64% em receitas totais, atingindo R$ 1,3 bilhão. O crescimento da demanda internacional por proteína animal (aves e suínos) do Brasil sustentou o desempenho positivo no mercado externo, mesmo diante da contínua apreciação do real em relação ao dólar e do aumento do preço das principais commodities verificado no trimestre, bem acima do patamar registrado no período anterior.

No mercado interno, as receitas cresceram 93,9% em relação ao segundo trimestre de 2007, somando R$ 1,99 bilhão. Em volumes, as vendas aumentaram 338,9% em lácteos e 30,5% em carnes. A performance neste mercado deve-se às aquisições, às parcerias que proporcionaram o aumento da produção de leite e à ampliação da atuação da empresa na atividade de margarinas e outros processados que resultaram no incremento de 185,4% dos volumes comercializados.

 O incremento das operações da companhia em carnes e lácteos, aliado ao desempenho das vendas, garantiu um bom resultado operacional. O EBITDA atingiu R$ 233,2 milhões, valor 40,3% superior ao obtido no período anterior.

O lucro bruto no trimestre saiu de R$ 411,2 milhões para R$ 624,6 milhões, o equivalente a um aumento de 51,9% em comparação ao mesmo trimestre de 2007. O resultado líquido ajustado foi de R$ 102,5 milhões, antes do efeito da amortização do ágio, proveniente da compra de relevantes ativos operacionais, com crescimento de 44,7%.

 Em maio, a Perdigão assumiu integralmente o ágio de R$ 1,5 bilhão (diferença entre o valor contábil e o valor de mercado), advindo das aquisições da Eleva, dos negócios de margarina e do controle da Batávia, o que gerou um benefício fiscal de R$ 501,3 milhões. Este reconhecimento proporcionou um efeito líquido negativo não recorrente, no trimestre, de R$ 984,3 milhões.

Entre abril e junho, a empresa investiu R$ 225,5 milhões, o que equivale a um aumento de 46,1% em comparação ao exercício anterior. Deste total, R$ 51 milhões foram direcionados à aquisição do Laticínios Cotochés. O restante foi direcionado às obras do complexo agroindustrial de Bom Conselho – PE, e expansão da infra-estrutura de armazenagem e abastecimento da empresa, além da modernização de algumas linhas de produção.

MERCADO EXTERNO

O aquecimento da demanda internacional, especialmente por carnes de aves, foi decisivo para o desempenho da empresa na elevação dos volumes comercializados, melhoria de preços e maior agregação de valor aos seus produtos. Na atividade de carnes, os volumes cresceram 45,4% e as receitas 61,8% no trimestre. Em lácteos, a partir da implementação de um programa contínuo de exportações, principalmente de leite em pó, as receitas somaram R$ 19 milhões.
 
Os produtos processados contribuíram com uma parcela de 22,9% no faturamento das exportações, atingindo volumes 32,6% superiores em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Os preços médios no mercado externo continuaram na escalada de crescimento, apresentando aumento de 9,9% em dólares FOB (Free on Board), quando comparados ao primeiro trimestre deste ano, e de 32% na comparação com o mesmo período de 2007. Cenário que possibilitou compensar parcialmente o aumento dos custos das principais matérias-primas.

Em reais, os preços médios das carnes aumentaram 11,3% com custo médio 19,8% superior, ante a igual período do ano anterior.

MERCADO INTERNO

Durante o segundo trimestre, a atividade de carnes representou 49% das receitas no mercado interno, com crescimento de 30,5% em volumes. Os produtos industrializados e congelados também mostraram elevação de 14,5% em volumes, em razão da melhoria de renda no País.

O repasse de preços no mercado interno não foi suficiente para amenizar a elevação dos custos das principais matérias-primas, o que resultou em compressão das margens. Essa defasagem foi impactada ainda pela alteração do mix demandado, resultando num aumento dos preços médios de produtos processados de carnes em 9,6%, enquanto os custos médios cresceram 18,7%.

Na atividade de lácteos, as receitas tiveram um aumento de 676,8% em leites e de 99,3% em produtos refrigerados e outros processados, impulsionadas pela ampliação das operações a partir das novas aquisições (Eleva/ Cotochés) e as parcerias firmadas neste setor, com CCL e CCPL.

Como resultado da maior participação de leite UHT e pasteurizado no mix de produtos lácteos, o preço médio caiu em 10% ante um custo médio 21,7% superior. 

DESEMPENHO NO SEMESTRE

No primeiro semestre de 2008, a Perdigão também registrou crescimento de vendas em volumes e receitas, atingindo receita bruta de R$ 6 bilhões, resultado 70,4% superior ao obtido em igual período do ano anterior.

As exportações somaram R$ 2,4 bilhões, o equivalente a um aumento de 55,5% em relação ao primeiro semestre de 2007. Em volumes, as vendas cresceram 40,3%.

No mercado interno, o faturamento total chegou a R$ 3,7 bilhões, crescimento de 81,3% ante o mesmo período do ano passado. Na atividade de carnes, os volumes de vendas subiram 30,8%, somando 393,8 mil toneladas. Em lácteos, a receita cresceu 229,4% e os volumes comercializados 263,5%.

A empresa manteve no período um forte ritmo de investimentos buscando aumentar sua capacidade produtiva e consequentemente, sua participação de mercado, tanto no seguimento de carnes, quanto nos de lácteos e margarinas. O investimento total nos seis primeiros meses de 2008 ultrapassou R$ 2 bilhões.

MERCADO ACIONÁRIO

O volume financeiro negociado foi novamente recorde totalizando US$ 35,8 milhões/dia de ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo e na NYSE – New York Stock Exchange, refletindo expressivo crescimento de 120% no trimestre. No acumulado do ano, a média diária ficou em US$ 31,2 milhões – 142% de acréscimo.

A valorização das ações – PRGA3 no trimestre foi de 7,5% e os ADRs – PDA cresceram 19,7%, performance superior aos Índices Bovespa e Dow Jones. Entretanto, com a conjuntura internacional influenciando fortemente o desempenho do mercado de capitais, as ações tiveram um declínio de 2,4% no ano, enquanto os ADRs cresceram 10,7%.