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Frigorífico

Frialto se reúne com representantes de MT e MS

A dívida da Frialto é de R$ 564 milhões e entrou em recuperação judicial em maio deste ano.

Representantes do Grupo Frialto, composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos S.A., Agropecuária Ponto Alto LTDA. e Urupuá Indústria e Comércio de Alimentos LTDA, estiveram reunidos no final da manhã desta quarta-feira (14), em Cuiabá (MT), com a Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Famato – Federação da Agricultura de Mato Grosso e Famasul – Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul. Durante a reunião, que durou mais de duas horas, a empresa de consultoria de gestão Galeazzi & Associados, o escritório de advocacia Felsberg e Associados, especializado em processos de Recuperação Judicial, e um representante da Frialto, apresentaram um relatório com a situação financeira do frigorifico e os possíveis cenários para a continuidade da empresa no mercado.

A dívida do Frialto é de R$ 564 milhões, sendo R$ 453 milhões com instituições financeiras, R$ 97 milhões com os pecuaristas, R$ 6 milhões trabalhista e R$ 8 milhões de frete. “Esta primeira conversa com os credores é para que possamos apresentar um Plano de Recuperação Judicial que tenha capacidade de pagamento e atenda os interesses dos pecuaristas”, disse Thiago Junqueira, advogado do Frialto. Segundo o consultor financeiro Marcelo Camorim, da Galeazzi & Associados, “essa mesma reunião já foi feita com os bancos na semana passada e nossa intenção é mostrar a base para o Plano de Recuperação que será apresentando no próximo dia 26 de julho e os possíveis cenários econômicos para que a empresa continue em pé”.

O presidente da Acrimat, Mário Candia, disse que “o produtor está participando da reestruturação do frigorifico e é importante conhecermos os números da empresa”. Ele disse que os pecuaristas credores estão recebendo “toda orientação e acompanhamento jurídico para lidar com mais esse processo judicial”. O assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini Candia, alerta os pecuaristas, para que “fiquem atentos para as datas legais, pois no dia 26 será apresentado o Plano e a partir daí terão 30 dias para fazer as objeções”. A Assembleia Geral de Credores – AGC – só deve acontecer depois do mês de outubro.

Rogério Romanini, diretor de relações institucionais da Famato, disse que “é importante para o setor saber se a empresa é viável economicamente ou não, afinal isso dá base para o Plano de recuperação judicial”. O produtor rural e presidente da comissão de credores da Famasul, José Lemos Monteiro, “toda e qualquer aproximação e conhecimento é muito importante, mas, a reunião ficou aquém do esperado, pois queríamos saber como será resolvido o nosso problema, como o pecuarista vai receber e isso não souberam nos responder”.

A paralisação das atividades do Frialto ocorreu no dia 21 de maio e a empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT), no dia 24 de maio. O grupo possui 8 unidades de abates em 5 Estados ( MT, MS, RO, SP, GO). Em Mato Grosso são 3 plantas, localizadas em Nova Canaã do Norte, Matupá e Sinop ( as 2 últimas já voltaram a abater), e uma planta em construção em Tabaporã. As informações são de assessoria de imprensa.