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Frigorífico da Cotril inicia suas exportações de carne pelo Egito

<p>A carne exportada pela empresa é produto de um avançado sistema de controle de sanidade e rastreabilidade animal.</p>

Redação (25/11/2008) – O frigorífico da Cotril Alimentos iniciou ontem suas exportações de carne. A primeira carga de 50 toneladas chega hoje ao Porto de Santos, em São Paulo, de onde seguirá para o mercado do Egito, na África.

A carne exportada pela Cotril é produto de um avançado sistema de controle de sanidade e rastreabilidade animal, que começa no nascimento do bovino e vai até o ponto de venda. No início do próximo ano, o frigorífico exportará também para outros países.

A empresa, que começou a abater em dezembro de 2007, integra toda a cadeia de produção de carne bovina, pois também atua nos segmentos de criação agropecuária e nutrição animal. Por isso, os bovinos abatidos no frigorífico saem das fazendas e passam pelo confinamento antes de chegaram à indústria. A carne embarcada para o Egito, por exemplo, vem da Fazenda Canadá, em Jussara, onde há um rígido controle alimentar, vacinal e parasitológico.

Para isso, a Cotril fez uma parceria com a Intervet Shering-Ploug Animal Health, o primeiro contrato mundial para controle de sanidade animal feito por essa empresa de medicamentos veterinários. O resultado, segundo o diretor presidente do Grupo Cotril, Domingos Ávila Júnior, são baixíssimos níveis de causas parasitológicas e um aumento substancial de ganho de peso do gado a pasto ou nos confinamentos.

Estrutura
Além das habilitações do Ministério da Agricultura, um frigorífico exportador também precisa ser aprovado pelas missões estrangeiras que fazem visitas sanitárias. A principal meta da empresa no momento é conquistar a liberação das exportações para a União Européia, onde os preços da carne bovina são mais altos. Domingos Ávila lembrou que a estrutura do frigorífico da Cotril Alimentos foi aprovada, recentemente, durante visita de parlamentares europeus, que consideraram o frigorífico um dos mais modernos da América Latina.

A carne exportada ontem para o Egito é composta de cortes dianteiros – acém, paleta, pescoço e músculo. No próximo mês, outras 500 toneladas devem ser embarcadas para aquele país.

Para exportar para os países mulçumanos, o frigorífico precisa ter um representante do Centro Islâmico Brasileiro de Alimentos Halal (Cibal) para acompanhar todo o abate, que deve ser feito dentro das regras islâmicas.

O gerente de Exportação da Cotril Alimentos, Evert Leal Ramos, informou que a empresa negocia a exportação para outros países, como Arábia Saudita, Kuaite, Jordânia, Dubai, Argélia, Venezuela e Peru. Segundo ele, a Cotril trabalha a habilitação das exportações para o Chile, que deve receber a carne a partir do início de 2009. Uma missão chilena visita o frigorífico na próxima semana.

A indústria abate cerca de 500 animais por dia, o que resulta em 150 toneladas de carne, em média, mas pretende atingir logo a capacidade de 1.200 toneladas diárias.

O grupo conta com 80 mil animais confinados. “A indústria foi planejada para atender aos requisitos dos mercados mais exigentes do mundo, como o europeu”, afirma Domingos Ávila. As peças que saem da produção têm todas as informações de rastreabilidade, pois a empresa está se integrando com o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).

Ontem, o grupo também inaugurou sua nova e mais moderna sede da Cotril Máquinas, na Avenida Perimetral Norte, depois de mais de duas década na Independência.