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Frigorífico fecha e demite 480 pessoas

<p>Funcionários voltavam de um período de férias coletivas e encontraram a empresa de portas fechadas.</p>

Redação (16/12/2008)-  Grupo Mercosul demitiu ontem 480 funcionários do seu frigorífico localizado em Paiçandu (10 km a leste de Maringá). Eles voltavam de um período de 30 dias de férias coletivas e encontraram a empresa de portas fechadas. O Mercosul informou que a queda nas exportações motivou o fechamento da plataforma de operação. O Grupo estava instalado há quase três anos no município e tinha capacidade para abater 300 animais por dia.

A notícia das demissões pegou os funcionários de surpresa, porque há algumas semanas, o Mercosul estava anunciando vagas para contratação em várias áreas. Todos achavam que após o período de férias coletivas, voltariam às atividades normais. Há cerca de um mês, outro frigorífico do grupo em Naviraí (MS) também teve as portas fechadas.

Outro fato que surpreendeu os funcionários é que na semana passada, o frigorífico já havia negociado a proposta de demissão coletiva com o Ministério Público. Ficou acertado que todos os funcionários receberão o 13 na sexta-feira (19) e os direitos trabalhistas serão pagos em cinco parcelas, nos próximos meses.

Por enquanto, apenas alguns funcionários do setor administrativo continuam trabalhando para acertar os últimos detalhes do fechamento. Segundo o gerente de Marketing do Grupo Mercosul, Vinicius Pilz, a idéia é concentrar todas as operações paranaense na unidade de Nova Londrina, no Noroeste do Estado.

""Tivemos uma queda no volume de exportações e também na oferta de animais. Por isso, o Grupo preferiu se reestruturar e concentrar todas suas operações em Nova Londrina"", justificou. Cerca de 80% dos animais abatidos em Paiçandu eram exportados e devido à crise, várias mercados teriam deixado de comprar.

O fato da unidade de Paiçandu ser arrendada também pesou na decisão. O contrato de arredamento previsto para acabar em 2011 será cancelado com dois anos de antecedência. O Mercosul ainda deve manter 10 frigoríficos em funcionamento espalhados pelo Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Pará. Mesmo assim, Pilz não descartou a possibilidade de demissões em outros locais.