O anseio de crescer e proporcionar desenvolvimento é unânime entre os empresários de frigoríficos de carne suína. E a forte crise que assola o setor, demonstrou o quanto é importante ter a possibilidade de comercializar produtos para fora do estado de origem. É por esse motivo que o setor busca o Sisbi/Suasa, que permite que os frigoríficos do SIE – Sistema de Inspeção Estadual possam vender produtos em todo o Brasil. “Só não avançamos para o Rio Grande do Sul e o Paraná por que rios separam os estados e por não termos o Suasa”, destaca o empresário José Roberto Uliano.
Uliano é proprietário do Frigorífico Pinheiral em Braço do Norte, Sul de Santa Catarina. Com uma produção que já atingiu seu ponto máximo, devido à impossibilidade de vender para fora do estado, ele acredita que assim como o seu empreendimento, muitos teriam todas as condições necessárias para aderir ao Suasa.
Carlos Exterkoeter, também é empresário do ramo. Construiu um grande empreendimento ao lado de seus irmãos. O frigorífico Três Irmãos, também atingiu um ponto importante em seu desenvolvimento e depende da liberação do Suasa para avançar e até ampliar a estrutura. “Se tivesse o Suasa estaria produzindo o dobro e vendendo muito mais”, esclarece ele.
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O Sisbi Suasa já foi implantado em alguns frigoríficos catarinenses, como é o caso de empreendimentos da Região do Extremo Oeste do Estado. Para tornar a possibilidade mais clara aos empresários do setor, a ACCS está motivando reuniões com foco na informação e na implantação do Suasa. “Os avanços permitidos naquela região em que o Consad coordena as inspeções foram enormes”, destaca o coordenador do Consad, Silvio A. Diehl. Ele destaca ainda que 90% do desenvolvimento de muitos frigoríficos catarinenses depende única e exclusivamente do Suasa.
Duas reuniões pontuais já foram realizadas, em Braço do Norte no Sul do Estado e em Concórdia, Região Meio Oeste e berço da suinocultura. “Temos empresas com potencial para expandir e gerar desenvolvimento e renda. Por isso somos parceiros”, completa o secretário de Agricultura de Concórdia, Marnio Cadore.
Para a ACCS, o setor precisa de portas abertas. “Não mediremos esforços para ajudar o setor com a implantação do Sisbi/Suasa”, finaliza o presidente da ACCS, Losivanio de Lorenzi.
